A influenciadora digital Luiza Mayers denunciou nas redes sociais ter sido vítima de ataques transfóbicos, em Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina. No caso mais recente, um grupos de homens lançou rojões na casa em que mora.
Em um vídeo compartilhado por Luiza, é possível ver o momento em que os fogos são lançados em direção ao terreno. Além desse caso, ela também mostrou que já teve a calçada danificada por crianças que moram no entorno, a situação também foi gravada por câmeras de segurança de uma vizinha.
Luiza procurou a polícia para abrir um boletim de ocorrência e pedir uma medida protetiva. Na publicação, ela relata que sente medo e passa a maior parte do tempo dentro de casa.
“Até quando uma pessoa trans vai ter que lutar pelo seu direito de viver? […] Eu só queria entender por que a minha liberdade e a minha felicidade incomodam tanta gente.”, relatou Luiza em vídeo.
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A publicação rendeu dezenas de comentários. Um deles é da liderança LGBT+ paulista Leonora Áquila, que já está acompanhando o caso. “Vamos lutar contra isso”, disse ela. Outra usuária lembrou que “Todos temos o livre arbítrio para sermos nós mesmos!”.
Diversos outros seguidores da influenciadora registraram o medo pela segurança dela por conta dos ataques denunciados por ela e chegaram a pedir que ela procurasse outro lugar para morar, que fosse mais seguro.
Influenciadora faz sucesso ao mostrar pequenas reformas
Com quase 2 milhões de seguidores no Instagram, Luiza usa as redes sociais para mostrar sua rotina como uma mulher trans e as reformas que faz no terreno da quitinete alugada.
Nos vídeos ela destaca que mesmo morando em um imóvel alugado, sente a necessidade de deixar o espaço limpo e organizado para o próprio bem-estar. Na última reforma, Luiza mostrou como fez uma calçada na frente da residência.
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Crimes de homotransfobia aumentaram mais de 160% em 2023
De acordo com o Anuário de Segurança Pública de 2024, mais de 2 mil casos de homotransfobia foram registados no Brasil em 2023. O número representa um aumento de 166,9% nos registros, que eram 283 casos no ano anterior.
Em Santa Catarina, os registros também aumentaram, apesar de representar apenas uma pequena parte do número total. Com os números de homotransfobia saltando de um caso em 2022 para seis casos em 2023.
O crime está enquadrado na lei 7.716/89. Ou seja, a homofobia e transfobia são punidas assim como o racismo e a injúria racial. O enquadramento do crime nessa lei se deu após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023.
* Sob supervisão de Danilo Duarte