Com a frequência que vemos a bandeira LGBT, fica fácil se acostumar com as cores do arco-íris que representam a comunidade LGBTQIA+. Mas, no mês do orgulho, vale lembrar que muitos não conhecem a história por trás de sua invenção ou quem foi seu criador: Gilbert Baker.
Nascido no estado norte-americano do Kansas, Gilbert Baker, o artista por trás da bandeira LGBT, usava suas habilidades como designer para ilustrar cartazes em marchas de protesto contra a Guerra do Vietnã. Ele era abertamente gay e drag queen, também usando de seus talentos em prol do movimento LGBTQIA+
Foi durante esses protestos que ele conheceu Harvey Milk, um político e ativista LGBTQIA+, que o desafiou a criar um símbolo de orgulho para toda a comunidade, dando origem a bandeira LGBT.
No dia 25 de junho de 1978, na parada do Dia de Liberdade Gay de São Francisco (EUA), a bandeira LGBT foi hasteada pela primeira vez.
Mas o que significa a bandeira LGBT?
O artista quis atribuir um significado positivo a cada uma das cores da bandeira LGBT. Originalmente, elas eram oito: rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, turquesa, anil e violeta.
Respectivamente, cada uma das cores representava: sexualidade, vida, cura, luz do sol, natureza, arte, harmonia e o espírito humano.
Com o tempo, a cor rosa foi abandonada e o azul substituiu o turquesa na bandeira LGBT devido aos custos associados com seu tecido.
O design da bandeira LGBT nunca foi registrado, sendo de domínio público, o que possibilitou que se espalhasse. Hoje, todas as cores juntas representam o movimento LGBTQIA+ e a diversidade por trás dele.
Qual é bandeira atual da comunidade LGBTQIAPN+?
Embora tenha sido vista pela primeira vez em 1978, a bandeira LGBT se popularizou em 1994, quando Baker produziu uma versão gigante, na época a maior do mundo, para celebrar o 25º aniversário da Revolta de Stonewall.
Com o tempo, ela se tornou conhecida pelo mundo todo e serviu de inspiração para diversos outros símbolos de diversidade.
Outra bandeiras foram criadas, buscando representar partes específicas do espectro LGBTQIA+ e durante os anos a versão criada por Gilbert Baker passaria por outras adaptações.
Uma nova versão da bandeira original seria feita em 2017 pelo próprio Gilbert Baker, adicionando uma nona cor, lavanda, para simbolizar diversidade. A adição foi feita em resposta à eleição de Donald Trump.
Em 2018, a cidade da Filadélfia adotou uma versão da bandeira LGBT que contava com as 6 cores do arco-íris e a adição do preto e do marrom, para destacar a presença de pessoas negras e pardas na comunidade LGBTQIA+.
A prática de adicionar cores e símbolos se tornou cada vez mais comum. Também em 2018 às cores da bandeira trans foram adicionadas em um redesign feito pelo artista Daniel Quasar, além das cores que simbolizavam a luta antirracista.
Essa última versão iria se tornar bastante comum e, em 2021, o designer Valentino Vecchietti adicionou a ela o círculo roxo sobreposto em um triângulo amarelo, representando pessoas intersexo. Esta variação é atualmente uma das mais amplamente reconhecidas.
Já o criador da original, Gilbert Baker, morreu em 2017, aos 65 anos, hoje sendo reconhecido como uma das figuras que ajudou a moldar o movimento LGBTQIA+.