Gilbert Baker, criador da bandeira LGBT - Foto: Reprodução/Instagram/@gilbert_baker_foundation
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Você sabe a origem da bandeira LGBT? Descubra o que está por trás das cores

Com mais de 40 anos, a bandeira LGBT segue como principal símbolo da comunidade e do mês do orgulho. Veja a versão atual as cores e formas

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Com a frequência que vemos a bandeira LGBT, fica fácil se acostumar com as cores do arco-íris que representam a comunidade LGBTQIA+. Mas, no mês do orgulho, vale lembrar que muitos não conhecem a história por trás de sua invenção ou quem foi seu criador: Gilbert Baker.

Gilbert Baker, criador da bandeira LGBT - Foto: Reprodução/Instagram/@gilbert_baker_foundation
Gilbert Baker, criador da bandeira LGBT – Foto: Reprodução/Instagram/@gilbert_baker_foundation

Nascido no estado norte-americano do Kansas, Gilbert Baker, o artista por trás da bandeira LGBT, usava suas habilidades como designer para ilustrar cartazes em marchas de protesto contra a Guerra do Vietnã. Ele era abertamente gay e drag queen, também usando de seus talentos em prol do movimento LGBTQIA+

Foi durante esses protestos que ele conheceu Harvey Milk, um político e ativista LGBTQIA+, que o desafiou a criar um símbolo de orgulho para toda a comunidade, dando origem a bandeira LGBT.

No dia 25 de junho de 1978, na parada do Dia de Liberdade Gay de São Francisco (EUA), a bandeira LGBT foi hasteada pela primeira vez.

Mas o que significa a bandeira LGBT?

O artista quis atribuir um significado positivo a cada uma das cores da bandeira LGBT. Originalmente, elas eram oito: rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, turquesa, anil e violeta.

Respectivamente, cada uma das cores representava: sexualidade, vida, cura, luz do sol, natureza, arte, harmonia e o espírito humano.

Com o tempo, a cor rosa foi abandonada e o azul substituiu o turquesa na bandeira LGBT devido aos custos associados com seu tecido.

O design da bandeira LGBT nunca foi registrado, sendo de domínio público, o que possibilitou que se espalhasse. Hoje, todas as cores juntas representam o movimento LGBTQIA+ e a diversidade por trás dele.

Qual é bandeira atual da comunidade LGBTQIAPN+?

Embora tenha sido vista pela primeira vez em 1978, a bandeira LGBT se popularizou em 1994, quando Baker produziu uma versão gigante, na época a maior do mundo, para celebrar o 25º aniversário da Revolta de Stonewall.

Com o tempo, ela se tornou conhecida pelo mundo todo e serviu de inspiração para diversos outros símbolos de diversidade.

Outra bandeiras foram criadas, buscando representar partes específicas do espectro LGBTQIA+ e durante os anos a versão criada por Gilbert Baker passaria por outras adaptações.

Versão atual da bandeira LGBT
Versão atual da bandeira LGBTQIAPN+ inclui cores e formas para representar mais expressões de identidade de gênero e sexualidade, além da luta antirracista – Foto: Reprodução/Floripa.LGBT

Uma nova versão da bandeira original seria feita em 2017 pelo próprio Gilbert Baker, adicionando uma nona cor, lavanda, para simbolizar diversidade. A adição foi feita em resposta à eleição de Donald Trump.

Em 2018, a cidade da Filadélfia adotou uma versão da bandeira LGBT que contava com as 6 cores do arco-íris e a adição do preto e do marrom, para destacar a presença de pessoas negras e pardas na comunidade LGBTQIA+.

A prática de adicionar cores e símbolos se tornou cada vez mais comum. Também em 2018 às cores da bandeira trans foram adicionadas em um redesign feito pelo artista Daniel Quasar, além das cores que simbolizavam a luta antirracista.

Essa última versão iria se tornar bastante comum e, em 2021, o designer Valentino Vecchietti adicionou a ela o círculo roxo sobreposto em um triângulo amarelo, representando pessoas intersexo. Esta variação é atualmente uma das mais amplamente reconhecidas.

Já o criador da original, Gilbert Baker, morreu em 2017, aos 65 anos, hoje sendo reconhecido como uma das figuras que ajudou a moldar o movimento LGBTQIA+.

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