Um dia após ter sido liberada de prisão preventiva, mulher é gravada cometendo novamente ataques e crimes de homofobia - Foto: Reprodução/Instagram/Floripa.LGBT
Violência contra LGBTsHomofobia

Quem é a jornalista flagrada e presa por crime de homofobia por 2 vezes em uma semana

A jornalista Adriana Ramos de Oliveira foi gravada mais uma vez na cidade de São Paulo com falas que caracterizam crime por homofobia

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A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira (61), foi gravada cometendo crime de homofobia nesta segunda-feira (16), um dia após ser liberada da prisão preventiva pelo mesmo motivo. Gravações mostram falas preconceituosas ao sair de casa no início da semana.

Um dia após ter sido liberada de prisão preventiva, mulher é gravada cometendo novamente ataques e crimes de homofobia - Foto: Reprodução/Instagram/Floripa.LGBT
Um dia após ter sido liberada de prisão preventiva, mulher é gravada cometendo novamente ataques e crimes de homofobia - Foto: Reprodução/Instagram/Floripa.LGBT

O segundo episódio aconteceu contra Gustavo Leão e outros dois vizinhos da ex-jornalista da Globo. Os vídeos compartilhados mostram novamente Adriana xingando e ironizando comentários homofóbicos.

“Os três fazem sexo a noite inteira! E falam umas coisas feias”. Em outro momento do vídeo, ela fala: “Eu vou fazer musculação para dar o c*. Põe na internet! Boiola! Boiola depilada!”.

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Adriana foi levada à delegacia, porém, a jornalista foi liberada, apesar de ter sido presa em flagrante no sábado (14) por homofobia e liberada no domingo.

Durante o sábado, primeira vez em que foi levada à prisão preventiva, cometeu crime e as ofensas contra Gabriel Galluzzi Saraiva (39), que foi chamado de “bicha nojenta”, “pobre”, “assassino” e outros insultos em shopping na Zona Oeste de São Paulo.

A prisão durou até o dia seguinte, quando a Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória a Adriana, a proibindo de frequentar o local em que aconteceu o crime.

Além disso, precisa comparecer mensalmente ao júri, não podendo sair da cidade por mais de oito dias sem antes comunicar ao Judiciário. Descumprir qualquer uma das condições sem justificativa a levará presa imediatamente.

Primeiro caso aconteceu no Shopping Iguatemi, na Zona Oeste de São Paulo - Foto: Acervo pessoal/Giulia Podgaec/Divulgação/Floripa.LGBT
Primeiro caso aconteceu no Shopping Iguatemi, na Zona Oeste de São Paulo – Foto: Acervo pessoal/Giulia Podgaec/Divulgação/Floripa.LGBT

De acordo com relato de Gabriel, a mulher estava sendo grosseira e escandalosa com uma atendente da cafeteria em que estavam, e após pedir para ela diminuir o tom, começaram as ofensas.

De acordo com o portal g1, segundo Adriana, ela estava ao telefone quando Gabriel e outras pessoas que o acompanhavam mandaram que ela falasse baixo e calasse a boca. Ela alegou ainda que foi vítima de etarismo.

“Eu estava ao telefone, eu vou ser operada no dia 27 do joelho, vou colocar uma prótese […]. Estou muito ansiosa, muito nervosa, comecei a chorar ao telefone. E esse grupo que estava ao lado começou a rir. Quando eles começaram a rir, eu desliguei o telefone, levantei o braço e pedi a conta. Falei ‘por favor, traz a conta, eu quero ir embora'”, disse.

A versão de Gabriel é outra, em que sim, ele pediu para Adriana abaixar o tom, mas por conta de grosseria contra a atendente da cafeteria:

“A gente estava tomando um café. Era por volta de 15h30. Uma senhora sentada na mesa do lado começou a pedir pela conta, descontrolada, falando bem alto ‘eu quero minha conta’, ‘eu quero ir embora’, ‘eu quero minha conta’, ‘eu quero ir embora’. Ela pedindo insistentemente, falando bem alto […] A moça fez um sinal de que já iria. Daí intervi, falei ‘calma, ela já virá, já deu o sinal’. Então, ela se descontrolou, começou a me atacar diretamente”, afirmou.

Testemunhas que estavam também no local, confirmaram a versão apresentada por Gabriel. Adriana, além do crime de homofobia, se recusou a assinar documentos na delegacia, além de ofender policiais.

Quem é Adriana, jornalista acusada duas vezes por crime de homofobia

Natural de Campinas (SP), é formada na PUC (Pontifícia Universidade Católica) em jornalismo, tendo atuado em locais como a TV Cultura, Rede Globo, Record e outras emissoras.

Ex jornalista da Globo, Adriana foi gravada duas vezes com falas homofóbicas - Foto: Instagram/Adriana Ramos/Reprodução/Floripa.LGBT
Ex jornalista da Globo, Adriana foi gravada duas vezes com falas homofóbicas – Foto: Instagram/Adriana Ramos/Reprodução/Floripa.LGBT

Além de jornalista, possui site e contas pessoais em que se dedica à espiritualidade e milagres. Em um trecho da biografia no site, relata também ter pesquisado manifestações angelicais e divinas no cotidiano das pessoas.

Veja vídeo que comprova o crime de homofobia:

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