A influenciadora, atriz e modelo trans Kesaria Abramidze, de 37 anos, foi morta a facadas em seu apartamento na quarta-feira (18), na Geórgia, um dia depois do país aprovar uma lei que proíbe propagandas de relações homossexuais. O suspeito do crime é o namorado da vítima, que foi preso.
A influenciadora tinha mais de 500 mil seguidores e já havia acusado autoridades públicas de não lutarem contra a violência doméstica. Em abril, ela publicou em seu perfil que sofria violência do companheiro e estava presa em um relacionamento tóxico há dois anos.
A modelo foi a primeira pessoa na Geórgia a se assumir publicamente como mulher transgênero e representou o país no concurso Miss Trans Star International em 2018.
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Parlamento aprovou lei anti-LGBT+ um dia antes da morte da influenciadora trans
O partido Sonho Georgiano, no poder, promoveu uma lei de “valores familiares” comparada à lei de “propaganda gay” da Rússia e criticada pela União Europeia e por grupos de defesa da comunidade LGBTI+. A lei reforça a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais LGBT.
A lei também pode proibir realização de eventos pró-LGBT e o uso público da bandeira arco-íris. O governo georgiano também terá o direito de censurar livros, filmes e séries que abordarem a temática.