Uma mulher trans foi algemada com uso de força pela Polícia Militar no camelódromo do Centro de Florianópolis. O caso aconteceu na manhã da última quinta-feira (18). A vítima chegou a ficar seminua durante a abordagem policial, considerada violenta e transfóbica por testemunhas.
De acordo com o jornalista e ativista LGBTI+ Leonel Camasão, testemunhas que estavam no local afirmam que a mulher trans tentou utilizar um banheiro feminino do estabelecimento comercial e foi proibida pela administração. Após a negativa, uma discussão teria começado e a Polícia Militar foi chamada.
As testemunhas também afirmam que a PM agrediu e humilhou a mulher. Segundo o relato, ela foi derrubada no chão e algemada, ficando seminua, com seios e nádegas à mostra.
Uma pessoa que estava próxima do local utilizou uma manta para cobrir a mulher, já algemada. A identidade da vítima não foi divulgada.
No vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver parte da abordagem, com a mulher já no chão e sendo algemada. A abordagem agressiva gerou revolta entre os internautas, que consideram o caso como transfobia.
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O que diz a Polícia Militar
O Floripa.LGBT questionou o comando do 4º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela segurança e rondas na região do Centro, bem como pelo atendimento de ocorrências como a que envolveu a mulher trans.
De acordo com a PM, a ocorrência envolvia uma pessoa trans em situação de surto e que ela já havia dado um tapa no rosto de um homem e puxado o cabelo de uma mulher.
A Polícia ainda afirma que a mulher trans foi levada a um hospital e que as alegações de que ela teria tentado usar o banheiro não estão na ocorrência.
* Com supervisão de Danilo Duarte