As casas noturnas Blues Velvet e Opium foram suspensos na quarta-feira (30) em uma operação do Procon municipal que apura o uso de alvarás de funcionamento falsos entregues por uma mesma contabilidade em Florianópolis. Segundo a Polícia Civil, o escritório será investigado pelo crime de falsificação de documento público.
Procurados pelo Floripa LGBT, a Opium afirmou que já conseguiu a liberação da Polícia e do Procon e que foi vítima do escritório, que emitiu um segundo alvará sem necessidade e falsificado, e tomará as providências jurídicas. Já o Blues Velvet não retornou até a publicação desta matéria.
O Blues Velvet foi interditado na última sexta-feira (25) pela Polícia Civil.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gustavo Kremer, o proprietário de uma das baladas foi conduzido na sexta pela Polícia Civil após apresentar alvarás falsos. Conforme o delegado, responsável pela Gerência de Fiscalização de Jogos, Diversões Públicas e Produtos Controlados, o homem não foi preso “porque comprovou que o contador entregou os documentos a ele como se fossem verdadeiros”.
Segundo Kremer, o estabelecimento poderá abrir após a situação ser regularizada. Já o Procon deu o prazo de 20 dias para as casas noturnas entregarem a documentação regularizada, e enquanto isso devem permanecer fechadas.
Confira a nota da Opium na íntegra
“Fomos vítimas de uma contabilidade, mas tínhamos todos os documentos corretos e o PROCON já deu despacho administrativo para retomada das atividades. orque sempre tivemos o alvará regularizado (de 2022/23 e 2023/24). Aquele documento era um segundo documento fabricado sem necessidade alguma pelo contador. Estamos tomando as devidas providências judiciais e penais quanto a isso.”
Contabilidade deu alvarás falsos para baladas é investigado
De acordo com o delegado, o escritório estaria falsificando documentos públicos tais como alvarás de funcionamento da prefeitura Municipal, alvarás do Corpo de Bombeiros Militar entre outros. “Medidas enérgicas serão tomadas pela Polícia Civil, na esfera criminal e administrativa”, afirmou o delegado.
Conforme a Polícia Civil, o responsável pode responder pelo crime de falsificação de documento público, que pode ter pena de até seis anos (art. 297 do código penal).
