Já estão à venda os ingressos para a festa de “reabertura” da Undr Porão. A casa noturna voltou a funcionar nesta quarta-feira (16), depois de regularizar as licenças e alvarás exigidos. Em menos de duas semanas de funcionamento, a Undr Porão, a nova casa noturna de Florianópolis, foi palco de uma série de eventos. Na festa de inauguração, na madrugada de 5 de agosto, um deck de madeira cedeu sobre a estrutura hidráulica.
Nos dias seguintes, houve vistoria, interdição e agora a balada já voltou a ser liberada. Os ingressos para as festas deste fim de semana já foram liberados.
A balada chegou a ser interditada pela Polícia Civil, no dia 8, e passou por vistoria do Corpo de Bombeiros. Em paralelo, o Ministério Público de SC cobrou explicações sobre a lotação do espaço e uma série de documentos de todos os envolvidos, mas principalmente da administração da Undr Porão.
De acordo com a Polícia Civil, a Undr Porão foi liberada após nova vistoria e regularização dos documentos, incluindo o alvará da Polícia Civil.
Agora, a venda de ingressos, que estava suspensa pelo Procon de Florianópolis, foi retomada. Quem havia adquirido as entradas para uma das festas durante aquele período, pôde pedir o reembolso dos valores.
Entenda porque a Undr foi interditada
Na madrugada de sábado (5), parte da estrutura de um deck cedeu sobre canos de água. Abaixo do deck há uma base de concreto, o que teria suportado o peso das pessoas e evitado acidentes.
Agora a Undr Porão terá que enfrentar duas situações: a redução da lotação máxima da casa, que passa a ser de pouco mais de 600 pessoas, e uma investigação por parte do MP sobre possíveis irregularidades no estabelecimento.
O MP solicitou esclarecimentos à Undr sobre as informações divulgadas e questionou qual foi o protocolo de evacuação aplicado no caso. Além disso, a casa noturna deve apresentar a documentação que atesta a regularidade para o seu funcionamento. A Undr tem o prazo de 15 dias para responder.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, que estiveram na Undr, na noite em que parte do deck cedeu e houve reclamações sobre superlotação na casa noturna, também deverão prestar esclarecimentos.
O promotor Mendonça Neto também quer saber explicações do Corpo de Bombeiros sobre quais as normas de segurança a serem respeitadas pelo estabelecimento, se há os alvarás de funcionamento necessários, quais as atitudes tomadas quanto ao vazamento, e se há um plano de prevenção contra incêndio. Neste caso, o prazo para respostas é de 20 dias.