Antes mesmo da polêmica sobre as placas irregulares instaladas na Praia da Galheta, em Florianópolis, a respeito da prática de nudismo, uma proposta começou a percorrer os corredores da Câmara de Vereadores. Nesta semana, eles votaram e aprovaram a realização de uma audiência pública para debater a segurança e as formas de utilização da área ambiental.
O requerimento foi feito pelo vereador Maikon Costa (PL), sendo votado e aprovado por 18 vereadores na manhã desta quarta-feira (21). Ainda não há uma data definida para a realização da audiência pública sobre a Praia da Galheta, mas cogita-se que o evento deve ocorrer na própria Câmara de Vereadores.
A praia da Galheta, que tem sido alvo de debate sobre seu uso e a prática do naturismo no local, era conhecida por permitir a prática do nudismo e naturismo. Recentemente, a praia da Galheta foi foco de denúncias de violência direcionado a comunidade LGBTQIA+, que também tem o local como um ponto conhecido para confraternização.
Desde 2016, a Praia da Galheta é considerada uma Unidade de Conservação Municipal fazendo com que a prática do naturismo não seja mais autorizada, porém grande parte da população não sabe desta informação. Desde então, agressões entre frequentadores se tornaram mais comuns, incluindo acusações de ataques motivados por homofobia.
Manifestação pelo naturismo na Praia da Galheta
No mesmo dia que a audiência foi aprovada, o movimento Em Defesa da Galheta se reuniu na Esquina Democrática, no Centro de Florianópolis, para manifestar pelo direito da prática do naturismo e preservação ambiental da praia da Galheta.
A manifestação defende que a praia da Galheta deve permanecer como um local para o naturismo, que por sua vez envolve a preservação da natureza. Além disso, busca-se acionar o poder público para lidar com a violência e perseguição que tem ocorrido no local.
* Sob supervisão de Danilo Duarte
