Pessoas em PrEP cresce 73% em dois anos e passa de 6 mil em SC
Saúde

Número de pessoas que usam PrEP cresce 73% em dois anos e passa de 6 mil em SC

Distribuição do medicamento pelo SUS começou em 2018, com apenas 302 pessoas que usavam PrEP em Santa Catarina e 6 mil no Brasil

Compartilhar

O número de pessoas que usam PrEP (profilaxia pré-exposição), tratamento medicamentoso na prevenção do HIV, cresceu 73% em Santa Catarina e ultrapassa 6.000 usuários. Os dados são do Painel PrEP, um monitoramento feito pelo Ministério da Saúde que mostras os indicadores do tratamento no Brasil.

Pessoas em PrEP cresce 73% em dois anos e passa de 6 mil em SC
PrEP é uma das formas de prevenção ao HIV disponível no SUS desde 2018 – Foto: ISD/Reprodução/Floripa.LGBT

Desde 2018, quase 60 mil medicamentos foram fornecidos em Santa Catarina, representando quase 6% de todas as dispensas feitas no país, que ultrapassam 1 milhão.

Até o momento, 58 unidades em 54 municípios catarinenses ofereceram a PrEP pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos 12 meses.

O perfil de quem usa PrEP em Santa Catarina

De acordo com o Ministério da Saúde, 78% das pessoas que fazem uso do medicamento em SC são homens gays e homens cis que fazem sexo com homens (HSH). Em seguida, mulheres cis representam 7,6% e os homens heterossexuais cis somam 7%.

Os indicadores também mostram que 75% são pessoas brancas/amarelas, 18% pardas, 7% pretas e 0,35% indígenas. A maioria dos usuários tem entre 30 e 39 anos de idade (42%).

Pessoas em PrEP dobra e passa de 100 mil no Brasil

O número de pessoas que fazem uso da PrEP dobrou em dois anos no Brasil, chegando a 103 mil pessoas em 2024. A PrEP é uma medida preventiva contra a infecção pelo HIV antes do contato com o vírus, baseada em antirretrovirais.

Ela é oferecida em duas formas: uma dose diária contínua ou sob demanda, onde o usuário toma dois comprimidos algumas horas antes da relação sexual e mais dois nos próximos 24 a 48 horas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento é indicado para pessoas sexualmente ativas, não infectadas, mas com risco de exposição ao HIV, em diferentes contextos sociais.

No Brasil, essas populações incluem profissionais do sexo, pessoas que usam drogas, gays, mulheres trans e travestis, além de casais sorodiscordantes (quando um parceiro é soropositivo e o outro não), como forma complementar de prevenção.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

Anúncios
Entre no grupo de notícias do Floripa.LGBT no Whatsapp