O governo do presidente da Argentina, Javier Milei, publicou no Diário Oficial do país uma resolução proibindo o uso de linguagem inclusiva nas Forças Armadas e outros órgãos do Ministério da Defesa. O porta-voz de Milei, Manuel Adorni, afirmou que o presidente estendeu essa medida para toda a administração pública nacional.
A decisão de Milei proíbe o uso de variações neutras de palavras com gênero em documentos oficiais. Da mesma forma, está vedado o uso de palavras no feminino se a variação masculina for considerada como incluindo todos os gêneros.
Dentro das forças armadas, antes da mudança feita por Milei o uso da linguagem inclusiva não era institucionalizado, porém um ofício de 2020, do então ministro, Agustín Rossi, assegurava que o país acompanhar o progresso da linguagem movido por movimentos das mulheres. Portanto, era considerado correto o uso de termos como “soldada” e “sargenta”.
Agora, tais termos não são mais permitidos devido ao decreto de Milei. O uso da linguagem neutra, como em “soldades”, para se referir a pessoas não binárias, também foi vedado.
Segundo a nova declaração, estão proibidas alterações no idioma castelhano (espanhol), como a inclusão da linguagem neutra ou inclusiva. Para Milei, essas mudanças se incluem na “ideologia de gênero” que ele se opõe.
* Sob supervisão de Danilo Duarte