Grindr está bloqueado na Vila Olímpica de Paris? Entenda a polêmica sobre o app
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Grindr está bloqueado na Vila Olímpica de Paris? Entenda a nova polêmica

De acordo com o Grindr, o bloqueio para o uso do app é uma medida para a segurança dos próprios atletas LGBTQIA+ que participam das Olimpíadas

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O aplicativo de relacionamentos utilizado por homens gays, Grindr, foi bloqueado na Vila Olímpica de Paris na véspera dos jogos, segundo matéria do jornal britânico Daily Mail na última terça-feira (23). O motivo alegado seria de prevenir os usuários de acharem perfis dos atletas no aplicativo.

Grindr está bloqueado na Vila Olímpica de Paris? Entenda a polêmica sobre o app
Bloqueio ocorreu após jornalista ter usado o aplicativo para expor atletas que estavam no Grindr, mas não haviam se assumido – Foto: IA/Reprodução/Floripa.LGBT

A polêmica veio à tona, após um usuário do X (antigo Twitter) postar prints da tela do aplicativo com a mensagem “Sem perfis disponíveis” na área da Vila Olímpica. Na publicação, o usuário escreveu “Eles bloquearem o Grindr na Vila Olímpica”, com emojis de choro.

Grindr está bloqueado na Vila Olímpica de Paris? Entenda a nova polêmica
Mensagens “Sem perfis disponível” apareciam nos arredores da área da Vila Olímpica, em Paris- X/Reprodução/Floripa.LGBT

De acordo com o comitê de organização das Olimpíadas, os aplicativos de relacionamento estão funcionando normalmente na Vila Olímpica, mas a geolocalização foi desativada pelo próprio aplicativo para alguns usuários. Apesar do espanto com a medida, o Grindr adotou o mesmo comportamento nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.

Alguns usuários pessoas sugeriram que o motivo do bloqueio do aplicativo na área tenha sido por conta de uma publicação do jornal ‘Daily Beast’ durante as Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro, em 2016, que expôs atletas que não haviam se assumido.

No caso, um jornalista publicou uma matéria com o título “Eu tive três encontros no Grindr em 1 hora na Vila Olímpica”.

Apesar de não revelar os nomes dos atletas em questão, a reportagem mostrou o que eles escreviam nos perfis, assim como algumas de suas características e nacionalidade. O que fez que algumas pessoas descobrissem quem eram.

Em sua rede social, o Grindr publicou em resposta à polêmica:

 

“Se os atletas não se assumiram ou vem de um país onde ser LGBTQ+ é perigoso ou ilegal, usar o Grindr pode colocar eles em risco. É por isso que nos desabilitamos os recursos de localização na Vila Olímpica”, afirmou o app, em sua conta oficial.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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