Em 2024, o Brasil terá seu primeiro censo de empregabilidade e empreendedorismo focado nas comunidades LGBTQIAPN+. A pesquisa que busca coletar dados determinantes sobre a realidade de pessoas das comunidades, é uma iniciativa da startup Nhaí, em parceria com a agência AlmapBBDO e o Pacto Global da ONU no Brasil . As informações são da página Planeta F.O.D.A. (Fora do Armário).
“Hoje só trabalhamos com hipóteses ou uma amostra pequena de pessoas para embasar os projetos voltados ao público LGBTQIAPN+. Nosso objetivo é ter dados para chegar a empresas e setor público já com mais profundidade sobre a realidade dessas pessoas e, a partir da análise traçar quais as prioridades” contou a fundadora e CEO da @Nhai360, Raquel Virgínia, ao Valor Econômico.
Além de abordar questões como profissão, empreendedorismo, renda, o censo de empregabilidade e empreendedorismo também pretende mapear as percepções do público sobre bloqueios existentes para a inserção no mercado de trabalho, a quantidade de pessoas em trabalhos sexuais e quais os tipos de barreiras encontradas por pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ para se inserirem no mercado de trabalho e na economia do país.
“Normalmente as pessoas LGBT vão para o empreendedorismo por uma falta de escolha. E as pequenas empresas do Brasil são mais de 70% das empresas; precisamos formar esses empreendedores” destacou a diretora de Operações (COO) da @AlmapBBDO, Fernanda Vendramini Tedde.
A iniciativa foi anunciada na última segunda(27) durante o 12º Fórum das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos em Genebra, na Suíça. De acordo com o Valor Econômico, durante o evento a líder do @PactoGlobalONUBR, Tayná Leite, pautou inciativa relacionadas a Diversidade, Equidade e Inclusão que serão trabalhadas no ano que vem.
“A partir de 2024, vamos atuar nos pilares de LGBTQIAPN+, Etarismo e Pessoas com Deficiência, garantindo as interseccionalidades. Também vamos trazer essa lente quando falamos de Mente em foco, Salário Digno, Devida Diligência de Direitos Humanos” disse Tayná.