Segundo a Câmara do Comércio LGBT+, o dia 10 de agosto está no calendário dos países que recebem turistas LGBTI+ para conscientizar as pessoas sobre a importância de fazer com que o turismo seja uma atividade mais inclusiva. Ainda de acordo com a Câmara, 1 em cada 3 países ainda criminaliza a homossexualidade.
O Dia Mundial do Turismo LGBT+ também homenageia o “The Address Book“, primeiro guia de turismo LGBTI+ que se tem registro na história, criado em 1965, por Bob Damron, importante figura que ajudou a moldar esse segmento do turismo.
É fato que o turismo internacional LGBT+ tem se tornado cada vez mais popular, mas ainda assim, bem menos notório quando se comparado ao turismo da grande massa. Com o passar dos anos, cresceram os relatos de melhores condições de receptividade, por exemplo, entre a comunidade LGBT+.
Consequentemente, os destinos turísticos mais amigáveis à comunidade LGBT+ conseguem proporcionar uma melhor experiência e mais segurança aos viajantes, o que tem contribuído para um crescimento significativo na indústria do turismo global.
A data passou a ser comemorada somente em 2020 e, ainda é pouco conhecida mundialmente. O simbolismo busca a conscientização mundial sobre a importância socioeconômica e cultural, sem contar o grande impacto na geração de empregos e movimentação financeira.
Turistas LGBT+ são exigentes e gastam mais
Repleto de belezas naturais, rica gastronomia e cultura diversificada, o Brasil está no topo dos potenciais destinos turísticos mundial. Na América Latina, o país é o que mais se destaca na capacidade de crescimento para esse segmento, é o que mostra uma pesquisa do Fórum de Turismo LGBT.
Segundo Clóvis Casemiro, representante do Brasil na IGLTA (Associação Internacional de Viagens LGBT+), “o turismo LGBT+ é 30% mais rentável do que o convencional e que as empresas e destinos devem se preparar para receber esses viajantes”.
É inegável que o turismo mundial esteja em constante crescimento. De acordo com a OMT (Organização Mundial do Turismo), o turismo LGBT+ no Brasil movimenta cerca de R$ 14.7 bi, enquanto a ABTLGBT (Associação Brasileira de Turismo LGBT), estima um crescimento anual de 11% dos viajantes LGBT+, enquanto a média do turismo convencional é de 3,5%.
Esses dados reforçam a capacidade de crescimento desse segmento e o quanto é necessário o investimento na capacidade de profissionais do setor para uma melhor experiência.
Turismo LGBT+ fortalecido no Brasil
A Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) retomou a parceria na promoção do país no cenário mundial com foco exclusivo na diversidade, respeito e na inclusão. Estiverem presentes na assinatura do contrato Clóvis Casemiro, gerente de Desenvolvimento de Membros no Brasil/América do Sul da IGLTA, e Marcelo Freixo, da Embratur.
“O turismo é uma alavanca de desenvolvimento econômico, mas também civilizatório. Olhar pra parceira com a IGLTA e com a agenda LGBT+ é olhar para um mercado forte de geração de emprego e renda. A Embratur tem esse compromisso e o Brasil precisa reafirmar cada vez mais essa agenda. No mundo que a gente quer viver não cabe a homofobia”, destacou Freixo.
Um dos objetivos do acordo é fortalecer a vinda dos turistas estrangeiros para o Brasil e ampliar a participação do país em feiras internacionais com foco na diversidade e na representação em Paradas do Orgulho e Diversidade mundo afora.
