Candidata trans a vereadora, Leo Áquilla sofre atentado a tiros em SP
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Candidata trans a vereadora, Leo Áquilla sofre atentado a tiros em SP

Apresentadora e jornalista, Leo Áquilla foi atacada na Zona Norte de SP, mas não sofreu ferimentos graves. Candidata crê que motivação pode ser sua defesa à pautas LGBTQIA+

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A candidata trans ao cargo de vereadora pelo MDB em São Paulo, Leonora Áquilla, mais conhecida como Leo Áquilla, foi vítima de uma tentativa de homicídio na noite desta quinta-feira (27), na Zona Norte da capital paulista. Após o ataque, ela foi escoltada pela Polícia Militar para prestar depoimento na delegacia.

Candidata trans a vereadora, Leo Áquilla sofre atentado a tiros em SP
Candidata Leo Áquilla no lançamento do jingle da sua campanha – Foto: Instagram/Reprodução/Floripa.LGBT

Segundo sua assessoria, o veículo da apresentadora e jornalista foi atingido por tiros enquanto ela se deslocava para Guarulhos. Apesar da gravidade do ocorrido, Léo não sofreu ferimentos e está fisicamente bem.

Em nota divulgada no Instagram, a equipe de Léo Áquilla deram detalhes sobre o atentado a tiros que ela sofreu. Confira a nota:

“Comunicamos a todos os apoiadores, amigos e familiares que Léo Áquilla foi vítima de uma tentativa de homicídio esta noite. Os projéteis atingiram seu carro, mas ela não foi atingida. Estamos tomando todas as medidas cabíveis. Léo está abalada no momento, mas assim que possível se pronunciará”.


Os motivos do atentado ainda estão sendo investigados, mas em entrevista à TV Globo, Leo afirmou que poderia ser uma resposta criminosa ao fato dela defender pautas LGBTQIA+ e que já havia sofrido outras ameaças antes.

Violência política de gênero e o caso Marielle Franco

O atentado contra Léo Áquilla ecoa outros casos de violência política de gênero no Brasil, como o da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro. Marielle, que era uma defensora dos direitos humanos e símbolo de resistência, foi morta a tiros junto com seu motorista Anderson Gomes em uma emboscada na região central do Rio.

A demora na elucidação do crime e a prisão dos envolvidos só em 2024 geraram grande comoção e levantaram discussões sobre a violência contra mulheres na política.

Marielle Franco, vereadora lésbica pelo PSOL/RJ
Marielle Franco, vereadora lésbica pelo PSOL/RJ – Foto: Marcelo Freixo/Divulgação/Floripa.LGBT

Em um desdobramento recente, três suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson foram presos pela Polícia Federal. A operação focou nos autores intelectuais do crime, investigando também organização criminosa e obstrução de justiça. O caso Marielle permanece um símbolo da violência política no Brasil, especialmente das mulheres e lideranças que desafiam o status quo.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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