A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) desistiu de uma viagem oficial aos Estados Unidos depois de receber um visto dos EUA diplomático, documento exigido para viajar ao país, identificando ela com o gênero masculino, mesmo com todos os documentos no feminino.

Erika viajaria para palestrar nas universidades de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a participação foi autorizada pela presidência da Câmara dos Deputados como missão oficial da parlamentar nos EUA.
Diante da situação em que houve transfobia na emissão do visto dos EUA, ela abriu mão da viagem com medo do tratamento que poderia receber no processo de imigração.
Erika classificou o caso como transfobia e disse que vai acionar o presidente dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Ela também espera que o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, peça explicações ao embaixador dos EUA no Brasil.
Medida do governo Trump no visto dos EUA afetou Erika Hilton
Em janeiro, o governo dos EUA aprovou uma medida não reconhece a identidade de gênero de pessoas trans. Os documentos brasileiros e um visto de 2023 da deputada já estavam com o gênero feminino, mas não foram considerados para a emissão do novo documento.
Em entrevista à Folha de São Paulo, a deputada afirmou que não se trata apenas de um caso de transfobia, mas que o documento está sendo ‘rasgado’ sem pudor e compromisso.
Ela também relatou que se sentiu violada e desrespeitada. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil ainda não se posicionou sobre o caso.
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* Sob supervisão de Danilo Duarte