Um casal de professoras foi vítima de lesbofobia e perseguição em Florianópolis. A denúncia foi feita pela Mudiá Coletiva Lésbica, que divulgou o caso no último domingo (1º). O caso aconteceu no dia 21 de setembro, na E.E.B. Dom Jaime de Barros Câmara, no Ribeirão da Ilha.
Conforme relato da publicação, as duas mulheres foram hostilizadas, sendo alvo de xingamentos e perseguição a caminho do trabalho por outra mulher. Segundo o coletivo, uma moradora do bairro hostilizou e coagiu o casal.
“O fato transcorreu inicialmente nas redondezas e seguiu até o interior da escola expondo as vítimas, intimidando a gestão e equipe pedagógica, propagando um clima de ódio diante de estudantes e docentes que chegavam para as atividades no período vespertino”, relatou a publicação.
“Não podemos admitir em espaços educacionais – territórios caracterizados pela produção de conhecimento, difusão de culturas, construção de cidadania e formação da vida em sociedade – a reprodução de práticas homofóbicas e/ou qualquer forma de violência”, completou.
A escola foi procurada pelo Floripa.LGBT, para conversar com as vítimas da agressão e também para ouvir o posicionamento da direção do estabelecimento de ensino. No entanto, pós três dias de tentativas, em variados horários, ninguém atendeu. O espaço segue aberto.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação admitiu o caso e afirmou que repudia violência dentro e fora das escolas da rede pública estadual.
Ainda conforme o comunicado, a secretaria “vai realizar os procedimentos pedagógicos e administrativos necessários para resolução do fato, de acordo com a política de educação, prevenção, atenção e atendimento às violências na escola”.
A secretaria também afirmou que o Nepre (Núcleo de Educação e Prevenção as Violência na Escola) elabora um plano de ação para trabalhar as violências ocorridas na EEB Dom Jaime de Barros Câmara.
Veja a publicação que denuncia a violência contra o casal
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