Um ato em Florianópolis para a próxima quarta-feira (20) está sendo convocado por lideranças e movimentos de mulheres lésbicas pedindo por justiça, em reação ao assassinato de Ana Caroline Sousa Câmpelo, de 21 anos. A jovem lésbica foi morta com requintes de crueldade, no último domingo (10), em Maranhãozinho, cidade que fica a 232 km de São Luís (MA).
Em Florianópolis, o ato será realizado a partir das 17h da próxima quarta-feira (20), no Largo da Catedral Metropolitana e caminhar até a Câmara de Vereadores.
A organização do ato em Florianópolis está sendo liderada pela Mudiá Coletiva Lésbica, com apoio do mandato da vereadora Carla Ayres e do Conselho Municipal de Direitos LGBT (CMDLGBT).
“Convocamos todas as pessoas a estarem no ato por justiça à Carol Câmpelo, mais uma vítima de crime bárbaro de ódio. Vamos juntas, juntos e juntes clamar por um basta à violência contra mulheres que amam mulheres”, reforça a militante bissexual atualmente na presidência do Conselho Municipal LGBT de Florianópolis, Ana Paula Mendes.
De acordo com o portal Brasil de Fato, Carol Câmpelo havia se mudado havia poucos meses para a capital maranhense junto com a companheira e trabalhava na loja de conveniência em posto de combustíveis.
Ela “foi vista pela última vez por uma vizinha, sendo abordada por um homem numa motocicleta. O seu corpo foi encontrado pela Polícia Militar em uma estrada vicinal, sem a pele do rosto, o couro cabeludo, os olhos e as orelhas”, descreve o portal.
O caso vem sendo classificado como lesbocídio, que é compreendido como uma variante do feminicídio e se refere especificamente ao assassinato de lésbicas, tendo como motivação a lesbofobia.
Conforme o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), já foram registradas 35 denúncias em que mulheres lésbicas foram as vítimas em 2023.