O empresário Juan Frohn, 31 anos, um dos sócios da casa noturna The Grand, em Balneário Camboriú, denunciou ter sido vítima de agressão e homofobia na noite da última quinta-feira (23), na região da Barra Sul. O caso ganhou as redes sociais e provocou reações de solidariedade à vítima e condenação ao caso de agressão e homofobia.
Segundo o relato de Juan, pouco antes das 23h, um vizinho teria jogado lixo em frente ao estabelecimento, prática que, de acordo com ele, ocorre há meses. Ao abordar o homem sobre o descarte irregular, foi agredido após uma discussão que envolveu ofensas homofóbicas.
Juan ainda descreveu o que ouviu do agressor, que reside há quatro anos e que estava se incomodando com “essa balada de viados”. O empresário conta sua reação ao ouvir essa expressão. “Naquele ponto eu vi que não era só um problema de lixo, não era um problema de vizinhos”, diz.
A discussão teria durado poucos segundos antes de receber um tapa no rosto, desferido pelo vizinho, que não teve o nome divulgado. Juan reconhece que reagiu, mas que impediu que outras pessoas entrassem na briga.
De acordo com relatos de Juan, a agressão, que incluiu socos no rosto, foi interrompida por um segurança da boate, mas deixou o empresário com ferimentos no supercílio e no lábio.
Juan registrou um boletim de ocorrência e realizou exame de corpo de delito na sexta-feira (24). “Confiamos que as autoridades competentes darão andamento ao caso com seriedade e isenção, buscando justiça diante desse ato de violência e discriminação”, disse Juan à imprensa local.
Casa noturna se posiciona sobre agressão e homofobia de vizinho
Em nota oficial, a direção da The Grand lamentou o ocorrido e reforçou seu compromisso com a inclusão e segurança da comunidade LGBTQIA+.
“Repudiamos qualquer forma de violência ou preconceito e agradecemos as manifestações de apoio que temos recebido desde então. Seguimos firmes na luta pela igualdade e no fortalecimento dos valores de respeito e diversidade que sempre nortearam nossas ações”, disse a casa noturna.
O caso gerou repercussão entre frequentadores da casa e ativistas locais, que condenaram o episódio como mais um reflexo do preconceito enfrentado pela população LGBTQIA+ no Brasil. A The Grand destacou que medidas legais foram tomadas imediatamente após o incidente, reiterando que acredita na isenção das investigações para responsabilizar o agressor.
“Esse episódio reforça a necessidade de seguirmos unidos na luta contra a intolerância”, finaliza a nota.
Comissão Municipal LGBTIQIA+ condena caso de agressão e homofobia
A Comissão Municipal LGBTQIA+ de Balneário Camboriú, organizadora da 1ª Conferência LGBTQIA+ de BC, também se posicionou sobre o caso de agressão e homofobia sofridos por Juan. Em uma publicação no Instagram, o perfil afirmou:
“A agressão motivada por homofobia, como expressou o agressor, na data de ontem, que sofreu o sr. Juan, é o retrato de uma sociedade desrespeitosa e preconceituosa. Atos como esse serão fortemente combatidos em Balneário Camboriú!”
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Neste domingo (24), a agressão e homofobia sofridos por Juan devem ser amplamente citados durante a 10ª Parada da Diversidade de Balneário Camboriú. A casa noturna da qual Juan é sócio está entre as patrocinadoras do evento que acontecerá na Terceira Avenida.