Árbitro denuncia homofobia em Florianópolis
Homofobia

Árbitro gay denuncia idoso por homofobia em loja no Centro de Floripa

Um idoso passou a ofender o árbitro que estava abraçado com o namorado enquanto esperava atendimento em uma loja de telefonia

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Um árbitro de 24 anos está denunciando que foi vítima de homofobia na manhã da última segunda-feira (18), em uma loja de telefonia no Centro de Florianópolis. Um idoso, que não teve a identidade divulgada, teria feito ataques homofóbicos ao rapaz, que estava abraçado ao namorado.

Árbitro denuncia homofobia em Florianópolis
Augusto Adriano afirma que foi vítima de ataques homofóbicos dentro de uma loja em Florianópolis – Foto: Reprodução/Floripa.LGBT

Augusto Adriano estava aguardando atendimento junto com o namorado, quando um idoso entrou no estabelecimento e viu o casal abraçado. Ao lado do casal, havia duas cadeiras livres, foi então que o idoso disse que não iria dividir o espaço com homens gays na loja.

Num primeiro momento, Augusto conta que ignorou as falas homofóbicas, mas, quando foram chamados para ser atendidos, o idoso voltou a atacar o casal e o árbitro reagiu, dizendo que o homem estava cometendo crime de homofobia.

Foi nesse momento que o agressor tentou fugir e se escondeu no prédio ao lado. Augusto chamou a Polícia Militar, denunciou o caso na delegacia e pretende processar o idoso.

Ao Floripa.LGBT, Augusto afirmou que esta é a primeira vez que ele passa por essa situação e está muito abalado. O jovem também disse que passou mal e precisou procurar atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“Estou me sentindo pra baixo, nunca passei por isso na minha vida, eu passei a noite inteira com febre, nervoso e com angústia, onde parei na UPA pra ver se me acalmava”, descreveu a vítima.

Vale lembrar que qualquer tipo de LGBTfobia já está equiparada ao crime de injúria racial e, portanto, pode e deve ser denunciada às autoridades policiais. Também é importante que a vítima reúna provas e testemunhas, caso possível, para reforçar a denúncia.

Por fim, é fundamental registrar o boletim de ocorrência na delegacia de polícia mais próxima. A Defensoria Pública pode ser acionada para quem não tem condições de contratar um advogado particular.

Árbitro denunciou o caso de homofobia nas redes sociais

No mesmo dia, Augusto usou sua conta no Instagram para desabafar sobre o episódio. Ele também procurou o Núcleo de Atendimento às Vítimas (Navit), que acolhe vítimas de violências.

A assessora de políticas públicas LGBT+ da Prefeitura de Florianópolis, Selma Light, também comentou o caso e está dando apoio ao casal.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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