O Brasil é o segundo país não endêmico mais impactado pela Mpox - Foto: Arquivo/Agência Brasil
Saúde

OMS emite alerta para a Mpox; doença é mais comum em homens gays

Mpox atingiu milhares de homens no mundo todo em 2022 e agora há um alerta para a disseminação de uma variante mais grave da doença

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A doença infecciosa anteriormente chamada de varíola dos macacos, a Mpox, voltou a causar preocupação após os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) emitiram um alerta para a disseminação de uma variante mais grave identificada na República Democrática do Congo.

O Brasil é o segundo país não endêmico mais impactado pela Mpox - Foto: Arquivo/Agência Brasil
O Brasil é o segundo país não endêmico mais impactado pela Mpox – Foto: Arquivo/Agência Brasil

Segundo os dados, desde janeiro deste ano foram registrados 12.569 casos suspeitos da doença no país, com um total de 581 mortes.

Para efeitos de comparação, desde 2023, os Estados Unidos, país não endêmico mais afetado pela doença, contabilizou 55 mortes por Mpox, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil é o segundo país não endêmico mais impactado pela Mpox, registrando 16 mortes desde 2023.

Esta variante da Mpox ainda não foi encontrada fora da África. Porém, a doença apresentou crescimento rápido, com um aumento de 233,7% nos casos desde o ano passado.

“É um número impressionante quando se considera que apenas alguns milhares de casos de Mpox haviam sido relatados até então em todo o mundo e, de repente, estamos nos aproximando de 100 mil casos”, disse a líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências Globais da OMS, Rosamund Lewis, para a Agência Brasil.

A transmissão da Mpox ocorre principalmente pelo contato com as lesões que a causa nos pacientes, podendo acontecer acidentalmente em multidões. Entidades de saúde dos Estados Unidos emitiram um alerta para festas em comemoração ao Mês do Orgulho, em que aglomerações se tornam mais comuns.

Em 2022, após um aumento dos casos no Brasil, diversos eventos LGBTQIA+ tiveram de ser adiados. Porém, a recomendação das autoridades sanitárias é a adoção de medidas preventivas independente da orientação sexual.

Qual a ligação entre a Mpox e a comunidade LGBTQIA+?

A associação da Mpox com a comunidade LGBTQIA se dá em razão de dados que apontam que a maioria dos pacientes são homens gays ou bissexuais.

Entre abril e junho de 2022, um estudo da Universidade Queen Mary de Londres, em parceria com diversas outras instituições britânicas, constataram que em 528 casos analisados de Mpox, 98% dos pacientes se declararam gays ou bissexuais.

Em Florianópolis, segundo a assessoria da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde, o caso mais recente ocorreu em 28 de fevereiro de 2024, em um paciente do sexo masculino. Não houve aumento nas notificações da doença.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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