Novo caso de Mpox é registrado em SC em meio a número reduzido de vacinas
Saúde

Novo caso de Mpox é registrado em SC em meio a número reduzido de vacinas

Apesar do caso não apresentar risco de contaminação da população, Santa Catarina apresenta apenas 76 doses de vacinas para conter a Mpox

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A Vigilância em Saúde de São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, confirmou nesta quinta-feira (3) o primeiro caso de Mpox no munícipio do Norte de Santa Catarina. A confirmação do caso da doença veio após uma nota técnica, que segundo o órgão foi divulgada de “forma irresponsável”, por meio de um e-mail a agentes públicos de saúde, com exposições e informações fora de contexto.

Novo caso de Mpox é registrado em SC em meio a número reduzido de vacinas
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Reprodução/Floripa.LGBT

De acordo com a Vigilância em Saúde do município, a infecção ocorreu na região Sudeste do país, e é um caso isolado, sem riscos de contaminação para a população local no momento e não sendo necessária a tomada de maiores cuidados. O paciente contaminado está sendo acompanhado e sob tratamento.

Na publicação feita, a Prefeitura reforçou que vai investigar a incidência de enfermidades causadas por microrganismos e agentes infecciosos e que os casos suspeitos vão ser identificados e analisados por profissionais técnicos e encaminhados à Vigilância Estadual para tomar as medidas necessárias.

Além disso, foi afirmado que, caso seja necessário, a Vigilância em Saúde emitirá alertas sobre a Mpox e recomendar protocolos de atuação e prevenção, como os que ocorrem no caso de riscos de contaminação comunitária com os surtos de Síndromes Respiratórias.

Confira a nota da Vigilância em Saúde sobre caso de Mpox em São Francisco do Sul:

“Foi divulgada de forma irresponsável uma nota técnica enviada por e-mail da vigilância epidemiológica para agentes públicos de saúde, essa nota é um protocolo normal para orientar e informar os profissionais de primeiro contato com casos suspeitos de infecções, é uma das funções inerentes ao setor epidemiológico da vigilância em saúde. Essa informação foi vazada por pessoas de pouca índole e falta de responsabilidade ética, divulgando em redes sociais informações direcionadas a profissionais de saúde, expondo servidor público e dados sensíveis fora de contexto.

A vigilância em Saúde de São Francisco do Sul atua para preservar a saúde da população, investigando a incidência de enfermidades causadas por microrganismos e agentes infecciosos, casos suspeitos são identificados e analisados por profissionais técnicos e encaminhados à Vigilância Estadual para tomar as medidas cabíveis.
Quando necessário, a Vigilância em Saúde emite alertas e recomenda protocolos de atuação e prevenção, como ocorre no caso de riscos de contaminação comunitária com os surtos de Síndromes Respiratórias.

Este é o primeiro caso de mpox diagnosticado em São Francisco do Sul, a infecção aconteceu na região sudeste do país, é um caso isolado, em tratamento e sendo acompanhado. Não há risco de contaminação para a população francisquense no momento, não sendo necessária a tomada de cuidados maiores.

O vazamento das informações do e-mail está passível de investigação e imputação legal aos responsáveis”.

O que Dive/SC diz sobre o número reduzido de doses de vacina para Mpox

Em resposta ao Floripa.LGBT, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) informou que devido ao número baixo de doses de vacinas para Mpox, a orientação atual é que as vacinas disponíveis sejam utilizadas para uso em casos de pós exposição a doença.

Além de que a inclusão de grupos ou alteração da estratégia de vacinação é uma atribuição do Ministério da Saúde, responsável pela aquisição e envio de doses aos Estados.

Em matéria publicada no final de setembro, a Dive afirmou ao Floripa.LGBT que o estado de Santa Catarina contava com apenas 76 doses.

Como ocorre a transmissão da Mpox?

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato direto com lesões de pele (incluindo contato íntimo pele a pele), erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais (secreções, sangue) de uma pessoa infectada, contato indireto com superfícies e objetos recentemente contaminados, ou de contato com secreções respiratórias. A transmissão do vírus via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas.

Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se forme.

Novo caso de Mpox é registrado em SC em meio a número reduzido de vacinas
Conhecida anteriormente como varíola do macaco (Monkeypox), a Mpox causa lesões na pele – Foto: Débora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz/Reprodução/Floripa.LGBT

Prevenção é o primeiro passo

As orientações para prevenção da Mpox, segundo a Dive são:

  • Todas as pessoas que apresentam sinais ou sintomas sugestivos de mpox devem realizar isolamento domiciliar. A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas doente, de maneira a evitar a propagação do vírus e transmissão da doença para outras pessoas;
  • Desinfeção de superfícies contaminadas com 0,5% de hipoclorito de sódio ou outros desinfetantes de alto nível;
  • Objetos utilizados pelo paciente devem ser lavados com água quente e detergente;
  • Limpeza das mãos regularmente com água e sabão e posteriormente utilização de álcool 70%;
  • Recomenda-se o uso de preservativo por pelo menos 12 semanas após a cura da doença, uma vez que foi encontrado vírus viável em secreções genitais neste período;
  • Reduzir o número de parcerias sexuais, incluindo parceiros casuais pode ajudar na prevenção.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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