Mulher trans de Floripa faz cirurgia de redesignação sexual em SC paga pelo Estado
Saúde

Mulher trans de Floripa faz cirurgia de redesignação sexual paga pelo Estado

Cirurgia de redesignação sexual aconteceu após a Justiça decidir que o governo do Estado deveria garantir o procedimento pelo SUS

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Após dois anos de espera, uma mulher trans e moradora de Florianópolis conseguiu realizar uma cirurgia de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento foi pago pelo governo de Santa Catarina após a Justiça decidir que o Estado deveria providenciar a cirurgia em uma clínica particular.

Mulher trans de Floripa faz cirurgia de redesignação sexual em SC paga pelo Estado
Ashley realizou a cirurgia na rede privada, após demora no SUS – Foto: Patrick Rodrigues/Reprodução/Floripa.LGBT

Ashley Costa, de 39 anos, passou pela cirurgia de redesignação sexual no Hospital Beatriz Ramos, em Indaial na terça-feira (15).

O médico José Carlos Martins comandou o procedimento, ele é referência em cirurgias trans no Brasil e tem consultório em Blumenau. Ele fez as cirurgias de redesignação sexual de gêmeas que tiveram as histórias retratadas na série da HBO “Gêmeas Trans: Uma Nova Vida”.

Decisão inédita em SC, Justiça determinou a realização da cirurgia de redesignação sexual

A situação é inédita em Santa Catarina. Ashley acionou o Ministério Público em 2023 para denunciar a espera pela cirurgia de redesignação sexual. Como o estado não tem um hospital público de referência para realizar o procedimento, a moradora foi colocada em uma fila de espera em Goiás, com mais de 300 pessoas à frente dela.

A urgência na realização do procedimento foi apontada no processo, através de laudos médicos. Com a demora, a saúde mental dos pacientes piora, já que precisam viver em um corpo que não se identificam.

Por conta desses problemas, Ashley não conseguia trabalhar e tinha dificuldade em manter uma vida saudável e até conseguir sair de casa.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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