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Saúde

Bissexualidade tem relação com variações genéticas, aponta pesquisa internacional

Estudo que aponta variações genéticas associadas à bissexualidade foi publicado na revista Science Advances

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Pela primeira vez, cientistas conseguiram identificar variações genéticas associadas ao comportamento bissexual humano, revelando uma nova perspectiva sobre a influência genética nessa orientação sexual. O estudo, liderado por Jianzhi “George” Zhang, professor da Universidade de Michigan, foi publicado nesta quarta-feira (3) na renomada revista científica Science Advances.

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Estudo que aponta variações genéticas associadas à bissexualidade foi publicado na revista Science Advances – Foto: Divulgação / Floripa.LGBT

De acordo com o estudo, divulgado pelo portal Folha de Pernambuco, as variações genéticas identificadas estão diretamente relacionadas à assunção de riscos e ao aumento da prole, especialmente quando os portadores são homens heterossexuais.

Os resultados sugerem que cerca de 40% do comportamento bissexual de uma pessoa pode ser atribuído à sua genética, enquanto 60% são influenciados pelo ambiente em que vivem.

Os pesquisadores basearam sua análise em dados coletados de mais de 450 mil pessoas de ascendência europeia, participantes do UK Biobank, um projeto genômico de longo prazo que se mostrou valioso para estudos relacionados à saúde e genética.

Jianzhi Zhang destacou que o estudo contribui para responder a uma antiga questão evolutiva sobre por que a seleção natural não eliminou as características genéticas associadas à atração por ambos os sexos.

Bissexualidade faz parte de um espectro diversificado

O pesquisador ressaltou que o comportamento bissexual deve ser considerado como parte de um espectro diversificado, em vez de ser agrupado de maneira simplista.

“Percebemos que, no passado, as pessoas agrupavam todos os comportamentos homossexuais […] mas na verdade existe um espectro”, disse Zhang.

Este estudo segue a esteira de pesquisas anteriores, incluindo um artigo de 2019 publicado na Science, que indicava que as variantes genéticas também desempenham um papel na influência do comportamento homossexual, embora fatores ambientais tenham sido considerados mais significativos.

A pesquisa destaca a importância de compreender a complexidade das orientações sexuais e reforça a ideia de que uma abordagem mais ampla e inclusiva é necessária ao discutir questões relacionadas à diversidade sexual.

A descoberta das variações genéticas associadas à bissexualidade representa um avanço significativo no entendimento da interação entre genética e orientação sexual.

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