O Ambulatório Trans de Florianópolis é mais uma vez tema de discussões para a comunidade LGBT+ . Convocada pela vereadora Carla Ayres (PT) para o dia 22 de abril, às 18h30, a audiência pública ocorrerá para discutir sobre o atendimento e estrutura do Ambulatrans da Capital.

Previsto para acontecer no plenarinho da Câmara Municipal, a audiência é uma reivindicação recorrente de frentes da população trans na Capital. Com mediação da vereadora, a expectativa é ter a participação de representantes do governo e de lideranças dos movimentos sociais.
O final de 2024 foi e tem sido um grande exemplo do sucateamento que a estrutura de saúde tem sofrido, principalmente pelo encerramento de convênios e programas que subsidiam a aplicação de políticas públicas.
Sem estoque de hormônios e medicamentos, o fim da parceria com a Fiocruz mostrou a falta de comprometimento e planejamento com o Ambulatório Trans de Florianópolis. “Nós não podemos viver nessa incerteza se teremos ou não os nossos direitos respeitados”, comenta Ayres.
A audiência pública é um espaço para discussões e entendimentos sobre as demandas necessárias. Assim como afirma a vereadora, a reserva dos recursos da prefeitura para políticas públicas LGBT+ é fundamental, tendo em vista exemplos como o Ambulatório Trans.
“Precisam ter a garantia de que o atendimento será realizado, que o hormônio estará disponível, que a PREP e a PEP serão fornecidas, que os nomes sociais serão respeitados, que nossas crianças não sofrerão violência por serem quem são, que não iremos apanhar de surfistas por praticarmos o naturismo na galheta…”

A principal cobrança se dá pela reestruturação do Ambulatório Trans, sobretudo voltada à falta de uma equipe maior de atendimento. Com quatro profissionais (uma médica, uma enfermeira, uma psicóloga e uma estagiária), o espaço tem atualmente uma fila de espera entre 60 a 90 dias para consultas médicas.
“Queremos que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, se comprometa com essa reestruturação e com a plena garantia dos direitos da população trans. Nosso mandato tem acompanhado a situação do Ambu e seguiremos cobrando o aprimoramento dessa política tão importante na nossa cidade. As pessoas trans sempre tiveram e sempre terão voz no nosso mandato”, afirma a vereadora Carla Ayres.
Veja o convite para a audiência pública no Ambulatório Trans
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Saiba onde encontrar um Ambulatório Trans na Grande Florianópolis
Com atendimento médio de 6 mil pessoas por ano, o Ambulatório Trans de Florianópolis, que funciona dentro da Policlínica do Centro, completou 9 anos em 2024. O local foi o primeiro a atender a comunidade trans em Santa Catarina.
O AmbulaTrans de São José foi inaugurado em 2021 e atende na Policlínica de Campinas. Os atendimentos ofertados são: consulta médica, com queixas clínicas e aconselhamento em hormonização; consulta de enfermagem com preventivo e testes rápidos; orientação e aconselhamento psicológicos e apoio sócio-familiar no contexto de atenção primária à saúde.
Serviço
O que: Roda de conversa ampliada sobre o Ambulatório Trans de Florianópolis
Quando: Terça-feira, 22 de abril, a partir das 18h30h
Onde: Plenarinho da Câmara Municipal de Florianópolis, no Centro
* Sob supervisão de Danilo Duarte