Mulher trans eleita para o Congresso nos EUA será proibida de usar banheiro feminino
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Sarah McBride, 1ª trans eleita para o Congresso nos EUA, será proibida de usar banheiro feminino

A democrata Sarah McBride sofrerá as consequências da decisão do Presidente da Câmara, que é resultado da pressão de deputados republicanos, sobre uso do banheiro por pessoas trans

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Mesmo faltando quase dois meses para a posse, a democrata Sarah McBride – primeira mulher trans eleita para o Congresso dos Estados Unidos – não poderá usar o banheiro feminino do Capitólio. Justamente no dia internacional da memória transgênero, o presidente da Câmara, Mike Johnson, aprovou uma nova regra, proibindo pessoas trans de usarem os banheiros femininos do local.

Mulher trans eleita para o Congresso nos EUA será proibida de usar banheiro feminino
Sarah McBride é a primeira mulher trans eleita para o congresso dos EUA – Foto: sarahmcbride.com/Reprodução/ Floripa.LGBT

A deputada republicana Nancy Mace apresentou uma resolução para banir mulheres trans de frequentar banheiros e vestiários do Capitólio, e sob pressão, Johnson se adiantou e anunciou a decisão de proibir, numa tentativa de encerrar a polêmica. As informações são do portal g1.

A proposta é considerada transfóbica e Nancy teria afirmado que Sarah “é um homem” e, por isso, não teria o direito de utilizar espaços femininos no Capitólio. A congressista republicana anunciou ainda que deve apresentar um projeto de lei mais amplo, estendendo a proibição do uso de banheiros e vestiários femininos por pessoas trans a todas as repartições federais.

Sarah McBride diz que vai respeitar decisão

A congressista democrata publicou uma nota no X, antigo twitter, e destacou que foi eleita para resolver problemas mais importantes do que brigar por banheiros.

“Não estou aqui para brigar por banheiros. Estou aqui para lutar pelos moradores de Delaware e para reduzir os custos enfrentados pelas famílias”, postou McBride no X.

Ela ainda afirmou que vai acatar a nova regra. “Assim como todos os deputados, seguirei as regras determinadas pelo presidente Johnson, ainda que não concorde com elas”, concluiu McBride, classificando a questão como uma “tentativa de nos distrair dos reais problemas enfrentados por este país”.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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