Symmy Larrat comanda a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que pensa em políticas públicas em prol da comunidade - Foto: Agência Brasil
Política

Falta de dados sobre população LGBT atrasou políticas públicas federais

Servidor da Secretaria nacional LGBT revelou em entrevista que que a falta de recursos atrasou implementação de políticas públicas LGBT+

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A secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, e sua equipe, foram impossibilitados de implementar políticas públicas em função da falta de dados sobre a comunidade LGBTQIA+ no Brasil. A informação foi revelada pelo coordenador geral de Acompanhamento de Parcerias da secretaria, Hiago Mendes, em entrevista exclusiva para a Agência Brasil.

Symmy Larrat comanda a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que pensa em políticas públicas em prol da comunidade - Foto: Agência Brasil
Symmy Larrat comanda a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que pensa em políticas públicas em prol da comunidade – Foto: Agência Brasil/Divulgação/Floripa.LGBT

Com orçamento para 2024 de apenas R$ 27 milhões, Hiago Mendes afirmou que a secretaria precisou contornar a falta de recursos para a implementação de políticas públicas.

Isso, somado à falta de informações confiáveis sobre a comunidade LGBTQIA+, acabou atrasando a implementação das ações estratégicas planejadas.

“Desde o início da atual gestão, as ações desenvolvidas pela secretaria têm sido pensadas para tentar sanar as dificuldades na obtenção de dados”, disse.

A secretaria também teria encontrado resistência vinda da extrema-direita. Segundo o coordenador, as pautas que dizem respeito a pessoas trans são as que encontram maior rejeição

Segundo o entrevistado (clique aqui para ler a entrevista completa), antes da criação da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, não havia um planejamento de políticas públicas em prol da comunidade. Por isso, o trabalho da equipe foi de criar estruturas onde não havia nada.

“As iniciativas que estão em curso pela secretaria visam sanar essa dificuldade da população LGBTQIA+ de acessar direitos básicos, como o direito à saúde, à segurança e a uma vida digna, com trabalho e renda.”

O coordenador também frisou a importância do Disque Direitos Humanos, o Disque 100, em seu papel como fonte de informação sobre os direitos da comunidade LGBTQIA+, assim como as violências que sofre.

O serviço também serve como canal de coleta de informação para o governo, que pode ser utilizado no mapeamento de novas políticas públicas.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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