A candidata a vereadora pelo PSOL em Florianópolis, Mirê Chagas respondeu quatro perguntas enviadas pelo Floripa.LGBT sobre sua candidatura e propostas voltadas a comunidade. A entrevista de Mirê, faz parte de uma sequência de matérias com entrevistas aos candidatos LGBT+ da Grande Florianópolis. Confira a entrevista abaixo.
De forma resumida quem é você?
“Sou Mirê Chagas, mulher trans, negra, periférica, Assistente Social formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e que constrói frentes e movimentos político-sociais a nível nacional, regional e no município”.
O que Florianópolis precisa para ser uma cidade mais acolhedora à comunidade LGBT?
“Florianópolis precisa de um Legislativo que faça e fiscalize as políticas públicas voltadas à segurança, dignidade, empregabilidade, saúde e lazer da comunidade LGBTIA+”.
Como você, enquanto liderança política LGBT+, vê as políticas públicas para a comunidade na cidade?
“As políticas públicas para a comunidade LGBTIA+ na cidade de Florianópolis devem estar mais visíveis e entendidas pela população como um todo e serem mais fiscalizadas. Assim como deve ter mais garantia dos direitos básicos da nossa comunidade.
É imprescindível, enquanto liderança que sigamos lutando por isso e buscando cada vez mais reconhecimento à dignidade de nossa comunidade, de acordo com as especificidades de cada identidade de gênero e diversidade sexual”.
Se eleita for, quais serão as suas prioridades de mandato?
“Se eleita, as prioridades de mandato serão garantir a dignidade plena da nossa comunidade na cidade de Florianópolis, garantir uma luta justa pela hormonioterapia via SUS para a população trans/travesti, bem como a segurança de nossos corpos LGBTIA+ nos espaços públicos e em todos os setores – como por exemplo Unidades Básica de Saúde, de formação escolar, de empregabilidade, cultura/lazer, etc.
Ainda assim, lutar pela garantia de uma segurança humanizada, antirracista, anti-capacitista e anti-homotransfóbica, fomentando uma cultura sem preconceito nas escolas e pensando formações continuadas para servidores e servidoras dos espaços”.
Sobre as entrevistas aos candidatos LGBT+
Para a realização das entrevistas foram mapeadas as candidaturas LGBT+ com o cruzamento dos dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E entrou-se em contato com cada um dos candidatos mapeados, fazendo as mesmas perguntas à todas e estimulando que participassem das entrevistas.
“Com essa abordagem, nossa proposta é continuar dando visibilidade para a comunidade e mostrando que nós estamos disputando esses espaços. Além de evidenciar para as lideranças e pessoas que fazem acontecer dentro da comunidade, que elas também podem disputar uma vaga no parlamento”, afirma o editor-chefe do Floripa.LGBT Danilo Duarte.
* Sob supervisão de Danilo Duarte