O candidato a vereador pelo PT em São José Luiz do Hospital respondeu quatro perguntas enviadas pelo Floripa.LGBT sobre sua candidatura e propostas voltadas a comunidade. A entrevista de Luiz, faz parte de uma sequência de matérias com entrevistas aos candidatos LGBT+ da Grande Florianópolis. Confira a entrevista abaixo.
De forma resumida quem é você?
“Sou Luiz do Hospital, servidor público da saúde, trabalho no hospital regional e sou diretor de gênero, raça e diversidade do SindSaúde. Também sou advogado membro da comissão dos direitos LGBTI+ da OAB São José e historiador com enfoque nos estudos de questões étnico-raciais”.
O que São José precisa para ser uma cidade mais acolhedora à comunidade LGBT?
“Primeiro ter políticos LGBTI+ nos espaços de poder e decisão. Segundo, fortalecer políticas de inclusão na cultura, esporte e cidadania, principalmente da população trans, que é marginalizada em nossa cidade”.
Como você, enquanto liderança política LGBT+, vê as políticas públicas para a comunidade na cidade?
“As políticas públicas em São José são ineficientes em várias áreas e isso atinge diretamente a população LGBTI+, pois não somos apenas uma pauta, vivemos a cidade, somos usuários dos aparelhos públicos de saúde, lazer, educação, entre outros, com o agravante da discriminação.
Os agentes públicos não são preparados para receber com afeto a nossa comunidade e para isso precisamos de uma formação humanizada de nossos servidores e colaboradores”.
Se eleito for, quais serão as suas prioridades de mandato?
- Ampliação do AmbulaTrans para outras unidades de saúde;
- Lei de combate a LGBTfobia nas escolas e repartições públicas;
- Fiscalização contra o bullying nas escolas, que é a principal causa de evasão escolar da população LGBTI;
- Formação continuada dos agentes públicos para receber com afeto a nossa comunidade e ajudar a ter acesso aos seus direitos.
Sobre as entrevistas aos candidatos LGBT+
Para a realização das entrevistas foram mapeadas as candidaturas LGBT+ com o cruzamento dos dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E entrou-se em contato com cada um dos candidatos mapeados, fazendo as mesmas perguntas à todas e estimulando que participassem das entrevistas.
“Com essa abordagem, nossa proposta é continuar dando visibilidade para a comunidade e mostrando que nós estamos disputando esses espaços. Além de evidenciar para as lideranças e pessoas que fazem acontecer dentro da comunidade, que elas também podem disputar uma vaga no parlamento”, afirma o editor-chefe do Floripa.LGBT Danilo Duarte.