Elenira Coletiva Popular por Floripa (PT) vai criar ouvidoria para violência contra LGBTs
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Elenira Coletiva Popular por Floripa (PT) vai criar ouvidoria para violência contra LGBTs

Elenira e Coletiva Popular por Floripa (PT) concorrem a vereador em Florianópolis com o número 13013. Entrevista faz parte de série do Floripa.LGBT com os candidatos da Grande Florianópolis

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Os candidatos a vereador da Elenira Coletiva Popular pelo PT em Florianópolis responderam quatro perguntas enviadas pelo Floripa.LGBT sobre sua candidatura e propostas voltadas a comunidade. Dos sete membros da Coletiva, apenas Lumen Freitas e Wesley Lima responderam as perguntas. A entrevista faz parte de uma sequência de matérias com entrevistas aos candidatos LGBT+ da Grande Florianópolis. Confira a entrevista abaixo.

Elenira Coletiva Popular por Floripa (PT) vai criar ouvidoria para violência contra LGBTs
Lumen Freitas (à esq.) é mulher travesti e lésbica e Wesley Lima (à dir.) é um homem cis bissexual, ambos fazem parte da Elenira Coletiva Popular de Florianópolis e disputam uma vaga na Câmara de Vereadores de Florianópolis – Imagem: Montagem/Reprodução/Floripa.LGBT

De forma resumida quem é você?

“Sou Lumen Freitas, travesti, lésbica e major da Polícia Militar, defendo as necessidades da população trans e travesti, além de liderar a discussão sobre segurança pública do ponto de vista de quem defende os direitos humanos e é contra a opressão das minorias”.

“Sou Wesley Lima, bissexual, liderança estudantil da UFSC, presidente do Centro Acadêmico Livre de Economia e ativista LGBTQIAPN+ e saí de casa aos 17 anos por conta de minha orientação sexual. Luto por uma juventude que não aceita mais ser trancada no armário e quer o direito de viver a cidade”.

O que Florianópolis precisa para ser uma cidade mais acolhedora à comunidade LGBT?

“A Capital enfrenta grandes desafios de censura contra a comunidade LGBTQIAPN+, reflexo de uma política de estado que não reconhece nossos direitos, que acredita dominar nossos corpos e não nos vê como sujeitos!

O que precisamos? De LGBTs nos espaços de decisão, mas LGBTs que realmente se preocupem com nossa comunidade! Só quem vive as duras realidades do preconceito sabe o que a comunidade passa e necessita!

Precisamos de LGBTs discutindo, criando e implementando políticas públicas: na Câmara, na Prefeitura, no Governo!”.

Como vocês, enquanto lideranças políticas LGBT+, vê as políticas públicas para a comunidade na cidade?

“É nítida a ausência de políticas voltadas à comunidade LGBTQIAPN+. Exemplo disso é o descaso com o Ambulatório Trans e a hormonização; não há uma base assistencial para jovens LGBTs nas escolas, que enfrentam as dores do preconceito e do bullying; não há profissionais no serviço público capacitados para atender nossa comunidade. Ou seja, não há políticas públicas eficazes para o acolhimento da comunidade em nossa cidade”.

Se eleitos forem, quais serão as suas prioridades de mandato?

“Nossas prioridades serão:

  • A capacitação de profissionais do serviço público para o atendimento e acolhimento da comunidade LGBTIAPN+ nas escolas, na segurança pública, nos espaços públicos!;
  • A criação de uma ouvidoria especial para denúncias de condutas inadequadas e violentas;
  • A defesa da permanência e da ampliação do Ambulatório Trans, com fornecimento contínuo de medicação (uma situação recorrente de interrupção em nossa cidade) e expansão das especialidades;
  • Garantir que nossos avanços não sejam retirados, dando suporte às políticas já implementadas, fiscalizando e assegurando o acesso da população LGBTQIAPN+ as políticas públicas.

Sobre as entrevistas aos candidatos LGBT+

Para a realização das entrevistas foram mapeadas as candidaturas LGBT+ com o cruzamento dos dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E entrou-se em contato com cada um dos candidatos mapeados, fazendo as mesmas perguntas à todas e estimulando que participassem das entrevistas.

“Com essa abordagem, nossa proposta é continuar dando visibilidade para a comunidade e mostrando que nós estamos disputando esses espaços. Além de evidenciar para as lideranças e pessoas que fazem acontecer dentro da comunidade, que elas também podem disputar uma vaga no parlamento”, afirma o editor-chefe do Floripa.LGBT Danilo Duarte.

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