A audiência pública que vai discutir a segurança, o uso e melhorias para a Praia da Galheta já tem data marcada. A sessão vai acontecer no dia 11 de abril, a partir das 14h, na Câmara de Vereadores de Florianópolis, no Centro da Capital.
A proposta de audiência pública havia sido requerida pelo ex-vereador Maikon Costa (PL) e aprovada em fevereiro na Câmara de Vereadores de Florianópolis, após polêmicas em relação a pratica de nudismo e casos de agressão e homofobia na Praia da Galheta. Além disso, um incêndio destruiu um posto guarda-vidas, no último dia 17 de março.
O Parque da Galheta foi criado através de uma lei em 1990 e o naturismo passou a ser permitido legalmente em 1997.
Depois de quase duas décadas, uma nova legislação passou a vigorar em 2016, tornando a Galheta uma Unidade de Conservação Municipal, sem previsão da prática de nudismo, que passou a ser proibida. Mesmo assim, a praia continua sendo reconhecida pela Federação Brasileira de Naturismo (FBRN).
Ao longo das últimas décadas, a Praia da Galheta ficou conhecida internacionalmente pelo naturismo e por ser frequentada pela comunidade LGBT+, o que atrai muitos turistas, principalmente na temporada de verão. Apesar do nudismo não ser legalmente autorizado na Galheta, muitos frequentadores não sabem da proibição.
Plano de manejo pode autorizar o naturismo na Galheta
Após a criação do Monumento Natural Municipal da Galheta, houve a necessidade de criar um Plano de Manejo, um documento que visa garantir a preservação do local e o uso sustentável do espaço.
No entanto, este documento até hoje não foi criado, apesar de diversas discussões sobre o tema, provocadas principalmente por frequentadores da praia.
A expectativa é que, com a aprovação do Plano, o naturismo possa voltar a ser autorizado na Praia da Galheta. Até então, não há previsão para a conclusão.
* Sob supervisão de Danilo Duarte