A Polícia Federal prendeu na última quarta-feira (2) o ex-deputado catarinense Duduco. Nilson Nelson Machado foi condenado a 20 anos de prisão por estuprar dois meninos, de 11 e 13 anos, em uma creche administrada por ele em Florianópolis. A prisão aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, depois de mais de um ano foragido.
A prisão do ex-deputado aconteceu após levantamentos de dados e troca de informações pelos policiais federais do Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro. A ação cumpriu o mandado de prisão definitiva que havia sido feito pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
A defesa de Duduco afirmou que há um recurso solicitando um habeas corpus nos Tribunais Superiores. Os advogados Hélio Brasil e Deivid Prazeres alegam que o cliente “foi condenado por apenas uma acusação de um 1 de seus 73 filhos, o qual se retratou em juízo e fez declaração pública, depois de se tornar maior de idade, relatando que mentiu na polícia quando era criança por ter sido coagido por terceiros”.
Duduco já havia sido condenado a 31 anos de prisão em 2017, mas as penas foram reduzidas duas vezes pela Justiça até 2019. Um dos recursos impetrados pelo réu, e acatado pela Justiça, aponta a prescrição de um dos crimes acusados.
Crimes aconteceram em um abrigo administrado pelo ex-deputado
Duduco foi vereador de Florianópolis entre 2001 e 2004, além de deputado estadual entre 2003 e 2007. O homem de 63 anos tinha um abrigo na capital, onde os abusos teriam acontecido. Segundo a denúncia do Ministério Público (MPSC), os crimes aconteceram em 1998, mas só vieram à tona em 2013.
Em um dos casos, Duduco coagiu os meninos e os levou ao seu quarto para a prática de atos libidinosos, ameaçando expulsar os irmãos de uma das vítimas para evitar a denúncia do crime. Os abusos supostamente continuaram até o garoto completar 19 anos, quando saiu do abrigo.
Ainda, segundo o MPSC, outra vítima, retirada das ruas aos 8 anos pelo ex-deputado Duduco, só teve coragem de denunciar os abusos quando atingiu 20 anos. Ela contou que os crimes começaram aos 13 anos, depois que o condenado terminou um relacionamento.
* com informações do ND Mais
** Sob supervisão de Danilo Duarte
