Crime por injúria racial contra jogador e preparador físico leva dois homens a prisão em SC
Justiça

Crime por injúria racial contra jogador e preparador físico leva dois homens a prisão em SC

Os dois dispararam ofensas raciais durante partida de futsal, em Cunha Porã: “preto”, “preto careca”, “negrada”, “macaco”, “esse time de preto”

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Dois homens foram condenados por injúria racial em Cunha Porã, no Oeste de Santa Catarina. Eles foram acusados de injúria racial contra um jogador e um preparador físico. O crime aconteceu durante uma partida da Liga Catarinense de Futsal.

Crime por injúria racial contra jogador e preparador físico leva dois homens a prisão em SC
Crime por injúria racial contra jogador e preparador físico leva dois homens a prisão em SC (Foto: Divulgação)

Entre os xingamentos estavam “preto”, “preto careca”, “negrada”, “macaco”, “esse time de preto”, “leva esse teu time de preto embora”, “aqui ninguém gosta de preto”.

Um deles deverá cumprir um ano de prisão em regime aberto, e o outro, ficará preso em regime semiaberto por um ano e dois meses. Um dos réus teve a pena privativa de liberdade substituída pelo pagamento de cinco salários mínimos (cerca de R$ 6 mil).

A denúncia contra os dois foi apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). De acordo com a denúncia do MPSC, durante o jogo, os réus, que estavam na arquibancada, ofenderam as vítimas diversas vezes.

O promotor de Justiça Marco Aurélio Morosini explicou que as ofensas raciais também foram direcionadas a outros jogadores e a torcedores. Um dos réus chegou a ser retirado do ginásio de esportes durante a partida.

“O crime de injúria racial não pode ser tolerado em nenhuma situação, nem mesmo se praticado no contexto de manifestações de torcidas em eventos esportivos, quando os ânimos estão exaltados. É muito importante mostrar para a sociedade que o Ministério Público está atento a essas condutas e que elas podem ser punidas criminalmente”, enfatiza.

Ainda cabe recurso da decisão e os réus tem o direito de recorrer em liberdade. Os nomes dos envolvidos e mais detalhes sobre o caso não foram divulgados porque o processo tramita em segredo de justiça.

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