A justiça condenou a agressora de um casal gay em uma padaria de São Paulo por injúria racial. Jaqueline Santos Ludovico agrediu e ofendeu o casal em fevereiro de 2024 e o caso de homofobia foi registrado por vídeo. Agora, ela terá que pagar 5 salários mínimos a cada uma das vítimas.

Jaqueline foi condenada a dois anos e quatro meses de prisão, além do pagamento de 11 dias-multa, no valor mínimo, porém a justiça determinou a substituição da pena privativa pela prestação de serviços comunitários pelo período da condenação.
Ela poderá cumprir a pena em regime aberto e recorrer em liberdade. Ela também deverá pagar cinco salários mínimos para cada vítima por danos morais.
A juíza Ana Helena Rodrigues Mellim, da 31ª Vara Criminal, entendeu que o valor é “o mínimo para compensação pela vulneração sofrida e, concomitantemente, para reprimir a conduta da ré, que não torne a acontecer”.
Relembre a história da agressora de casal gay
Em fevereiro do ano passado, Jaqueline ofendeu e agrediu um casal gay em uma padaria no bairro Santa Cecília, na capital paulista. A confusão começou por causa de uma vaga de estacionamento no local.
O casal tentava estacionar em uma vaga que estava disponível, mas a mulher parou em frente ao carro, de braços cruzados, tentando impedir a passagem.

A agressora tentou jogar um cone de sinalização contra Rafael Gonzaga. Ela o perseguiu pelo estacionamento tentando bater nele e quando se aproximou, caiu. Nesse momento, uma amiga da agressora jogou um cone em Rafael.
A discussão continuou dentro da padaria, onde Jaqueline xingou a vítima e deu um soco no nariz do namorado dele, Adrian Grasson. Em defesa, as mulheres alegaram que reagiram a provocações das vítimas.
Jaqueline afirmou que teria sido chamada de “piranha” e “vadia”, e disse que apenas se defendeu das agressões verbais e físicas, negando homofobia.
A amiga dela, Laura, negou ter ofendido qualquer pessoa e afirmou que apenas tentou afastar a amiga do conflito, alegando ter sido abordada e provocada por uma das vítimas.
Mulher também responde por atropelamento e estelionato
Alguns meses após agredir o casal, em junho de 2024, Jaqueline atropelou um homem na Zona Oeste de São Paulo e foi presa. Segundo a polícia, foi constatado que ela estava com sinais de embriaguez.
Ela fugiu do local, mas depois voltou ao local do acidente acompanhada da irmã e foi presa em flagrante. A mulher passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar.

Em fevereiro de 2025, foi acusada de cometer golpes que deram um prejuízo de R$ 200 mil a uma empresa automotiva de Tubarão, no Sul de Santa Catarina.
Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, em setembro de 2021, Jaqueline entrou em contato com uma funcionária da empresa automotiva oferecendo serviços de publicidade pela empresa ‘JSL Marketing e Assessoria’.
O contrato foi firmado no valor de R$ 339 mensais, mas nenhum valor foi descontado da conta da empresa até o mês de novembro.
Depois, um suposto representante do cartório de notas de São Paulo entrou em contato com a empresa alegando que os valores do serviço contratado foram protestados e deveriam ser pagos imediatamente para evitar “graves prejuízos”.
Assim, a vítima foi coagida a fazer transferência via Pix na conta de Jaqueline, totalizando o valor de R$ 200.262,36.
* Sob supervisão de Danilo Duarte