Em passeata ocorrida em 2015, ativistas carregam bandeiras simbolizando países onde a homossexualidade é proíbida por lei - Foto: Arquivo/Wikimedia Commons
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Justiça internacional derruba lei que proibia relações sexuais homoafetivas

Lei de 1927 e era herança colonial do país foi considerada inconstitucional

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Nessa sexta-feira (21), o Tribunal Superior da Namíbia, país do Sudoeste da África, declarou inconstitucional uma lei que criminalizava relações homoafetivas no país. A decisão foi feita por três juízes, que consideraram a lei injusta, visto que o sexo consensual heterossexual não era considerado crime.

Em passeata ocorrida em 2015, ativistas carregam bandeiras simbolizando países onde a homossexualidade é proíbida por lei - Foto: Arquivo/Wikimedia Commons
Em passeata ocorrida em 2015, ativistas carregaram bandeiras simbolizando países onde a homossexualidade era proibida por lei – Foto: Arquivo/Wikimedia Commons/Divulgação

A lei, de 1927, era herança colonial do país desde 1990, quando a Namíbia conquistou independência da África do Sul. O texto proibia o que era considerado “sodomia” e “crimes não naturais”.

“Temos a firme convicção de que a aplicação de pontos de vista morais privados de uma parte de uma comunidade (mesmo que constituam a maioria dessa comunidade), que se baseiam em grande medida em nada do que preconceito, não pode ser qualificada como um propósito legítimo”, escreveram os magistrados no parecer.

O ativista LGBTQIA+ Friedel Dausab foi quem abriu o caso contra o governo do país, buscando derrubar a lei que, segundo ele, o criminalizava em seu país por ser quem é.

O governo da Namíbia pode recorrer a decisão, porém no momento não se sabe se há intenções de defender a lei. As informações são do portal Veja.

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