A partir deste sábado (30) o Museu Nacional de Imigração e Colonização em Joinville será o cenário de uma intervenção artística singular. O artista visual e performer Jean Smekatz apresentará sua segunda obra da série “Trabalho de Corpo”, que busca desafiar conceitos e estimular reflexões sobre a comunidade LGBTQIA+.
Após “Derra-mar” no Museu de Arte de Joinville, Smekatz apresentará agora “Rito de Éthos – Para o Armário Jamais Voltaremos”. Nesta performance, que terá entrada gratuita, ele emprega cores vibrantes e expressões visuais, combinando dança, teatro e artes visuais para transmitir sua mensagem.
Durante “Rito de Éthos – Para o Armário Jamais Voltaremos”, seis bacias revelarão líquidos em tons vibrantes, enquanto Smekatz, imerso na 4ª Sinfonia de Tchaikovsky, tingirá tecidos e os estenderá no interior de um armário, criando uma pintura em expansão. Ao término da performance, o armário será testemunha das danças vibrantes e poéticas que foram realizadas.
A intervenção de Smekatz abordará a subjetividade e a semiótica, explorando o conceito de “no armário” no movimento LGBTQIA+.
A expressão “no armário”, já bastante difundida dentro da comunidade LGBTQIA+ é uma referência a ser uma pessoa que não assumiu publicamente sua orientação sexual, muitas vezes por medo ou preconceito.
Na intervenção artística, Smekatz destaca a importância de expressar a recusa a retrocessos nos direitos LGBTQIA+, rejeitando a volta a guetos, clandestinidade e marginalização.
“Não aceitamos retrocessos nos nossos direitos, não queremos voltar a viver em guetos ou ter nossas relações não reconhecidas. Para o armário a gente não volta mais. Para a clandestinidade e a marginalidade não voltamos mais, e é muito importante expressar isso através da arte também”, brada Jean Smekatz.