Festival Transforma divulga filmes selecionados, com 7 curtas de SC
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Festival Transforma divulga filmes selecionados, com 7 curtas de SC

Com programação totalmente gratuita de curtas e longas, Florianópolis recebe em dezembro a sexta edição do Festival Transforma

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O Festival Internacional de Cinema da Diversidade de Santa Catarina, o Transforma, divulgou a lista de filmes longa e curta-metragem selecionados para exibição na 6ª edição do festival, em dezembro. A lista conta com sete curtas de Santa Catarina, sendo cinco deles de Florianópolis.

Festival Transforma divulga filmes selecionados, com 7 curtas de SC
Curta de Minas Gerais, “Divina” é dirigido por Monike Fernandes e Misael Avelino – Foto: Reprodução/Floripa.LGBT

O evento está previsto para acontecer entre os dias 7 e 18 de dezembro, no Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com programação totalmente gratuita.

A curadoria, focada na representatividade LGBTQIAPN+, evidencia as produções que ressaltam vozes diversas, explorando narrativas e estéticas que promovem a inclusão na indústria cinematográfica.

Nesta sexta edição, que teve teve a inscrição de mais de 100 curtas brasileiros e 20 longas nacionais, houve um aumento expressivo de produções catarinenses, em relação às edições anteriores, além de oferecer ao público uma mostra competitiva de longas brasileiros.

Quase 50 curtas estarão no festival

Foram um total de 48 curtas selecionados de 11 estados do país, representando 25 munícipios brasileiros. Desses filmes 46 são de diretores LGBTQIAPN+, cerca de 21 filmes com temática trans, que serão exibidos na Mostra Panorama e outras cinco Mostras Temáticas: “ANIMAQUEER”, “DRICA D’ARC”, “MELÔ”, “QUEERANÇA” e “TELA DRAG”.

Nesta edição, diversas produções se destacam por abordar temas relacionados à diversidade e representatividade LGBTQIAPN+. Em “Pássaro Memória”, de Leonardo Martinelli (Rio de Janeiro), a história segue Lua, uma mulher trans em busca de um pássaro chamado Memória, enquanto enfrenta os desafios das ruas hostis da cidade.

“Bitoquinha”, de Giordano Gadelha (São Paulo), narra a vida de Samanta, uma operadora de caixa que se apaixona por uma cliente frequente e tenta se aproximar dela, ao mesmo tempo que lida com as pressões de sua vida familiar e profissional.

Já “Kila & Mauna”, de Ella Monstra (Ceará), acompanha duas amigas que se aventuram em busca de uma pessoa desaparecida.

Em “Todas as Memórias que Você Fez para Mim”, Pedro Fillipe (Pernambuco) conta a história de José, um agricultor de 68 anos, que cuida de seu esposo Luiz, diagnosticado com Alzheimer, até que um evento inesperado muda suas vidas.

“A chuva não me viu passar”, de Leonardo Gatti (Santa Catarina), apresenta Dona Célia, uma mulher que deseja sentir a liberdade, mesmo que por breves momentos.

Em “Divina”, de Monike Fernandes e Misael Avelino (Minas Gerais), Dona Diva, trancada do lado de fora de seu apartamento, tem uma conversa reveladora com seu vizinho, Emílio, uma drag queen que se prepara para mais uma apresentação.

No documentário “Ana Rúbia”, de Íris Alves Lacerda e Diego Baraldi de Lima (Mato Grosso), acompanhamos o cotidiano de Ana Rúbia, uma travesti do interior, enquanto ela se prepara para o lançamento de seu livro.

“A invenção do Orum”, de Paulo Sena (Espírito Santo), traz uma mãe que cria memórias fictícias de sua filha Jéssica, imaginando seu papel na criação do Òrun-Àiyé. “Surdir”, de Gabriela Grigolon e Jonatas Medeiros (Paraná), aborda, de forma experimental, as dificuldades enfrentadas por pessoas surdas em uma sociedade predominantemente ouvinte.

Festival Transforma divulga filmes selecionados, com 7 curtas de SC
Imagem do curta “Quando Foi Que Acordei?” de Mariana Corrêa – Foto: Transforma/Divulgação/Floripa.LGBT

“Quando Foi Que Acordei?”, de Mariana Corrêa (Rio Grande do Sul), é ambientado em um futuro próximo e acompanha Clarice, uma editora de imagens que descobre ter compartilhado o mesmo sonho com Maria, uma fotógrafa temporariamente na cidade. À medida que as duas se aproximam, questionam a linha entre sonho e realidade.

No documentário “O Punk Goiano: Vozes Trans”, de Lucca Brasil (Goiás), a diretora investiga se o movimento punk é tão inclusivo quanto aparenta, questionando as barreiras enfrentadas pela diversidade dentro desse universo.

Além desses, será exibido o curta “Sangria” de Henrique Schlickmann (Florianópolis e Palhoça), que foi exibido no Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), e que foi tema de reportagem do Floripa.LGBT sobre os filmes LGBT+ do Festival.

O curta traz Lucca, um jovem que após a perda de seu grande amor começa a dissociar da realidade. O luto de Lucca, então, acaba virando uma disputa contra si mesmo em busca da aceitação da morte.

Longas na disputa da Mostra Competitiva

Na categoria de longas-metragens nacionais da Mostra Competitiva, várias produções se destacam por retratar a diversidade das vivências LGBTQIAPN+ no Brasil.

“Diameyka Odara em Estado de Beleza”, dirigido por Rafaella A. Whitaker, apresenta a trajetória de Diameyka, uma multiartista travesti, preta e gorda de Campinas (SP), que encontra na cultura ballroom um espaço de pertencimento e resistência.

Já “Salão de Baile – This is Ballroom”, de Juru e Vitã, explora a cultura ballroom vivida por uma comunidade LGBTQIAPN+ nas periferias da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

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Longa “Salão de Baile – This is Ballroom”, dirigido por Juru e Vitã – Foto: Reprodução/Floripa.LGBT

Em “Toda Noite Estarei Lá”, dirigido por Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, acompanhamos a luta de Mel, uma cabeleireira transexual de Vitória (ES), que enfrenta obstáculos para exercer sua liberdade religiosa.

No longa “O Silêncio da Singularidade”, de Julio Alves, a história de Thiago, um jovem cristão de Campina Grande (PB), é contada enquanto ele lida com sentimentos inesperados por seu melhor amigo, em sua busca por autoconhecimento.

Henrique Raynal, em “Casebre”, traz a narrativa de Benedito, um morador de uma cidade interiorana que, ao enfrentar a perda de um familiar, redescobre sua ancestralidade e identidade.

Por fim, em “Entre Vênus e Marte”, dirigido por Cris Ventura, Ed Marte desperta em Belo Horizonte (MG) após séculos de hibernação, com a missão de combater a normatividade binária e encontrar aliados na luta pela diversidade.

O que é o Festival Transforma de Cinema

Produzida pela BAPHO Cultural de Florianópolis e pela Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade (ADEH), a Transforma é um festival de cinema LGBTQIAPN+ realizado desde 2018.

O projeto é financiado pelo edital Prêmio Catarinense de Cinema (edição 2023), do Governo do Estado de Santa Catarina, via Fundação Catarinense de Cultura (FCC) com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e Governo Federal. O evento conta também com o apoio institucional do CEART da UDESC.

Equipe do V Transforma Festival de Cinema LGBT de Santa Catarina
Imagem do Transforma Festival de Cinema LGBT de Santa Catarina na sua quinta edição – Foto: Divulgação/Floripa.LGBT

Confira os longas-metragens selecionados:

  • “Salão de Baile – This is Ballroom” – Direção: Juru e Vitã – Origem: Campinas – SP
  • “Diameyka Odara em Estado de Beleza” – Direção: Rafaella Whitaker – Origem: Niterói-RJ, São Gonçalo-RJ
  • “Toda Noite Estarei Lá” – Direção: Suellen Vasconcelos e Tati Franklin – Origem: Vitória-ES, Vila Velha-ES
  • “O Silêncio da Singularidade” – Direção: Julio Alves – Origem: Campina Grande-PB
  • “Casebre” – Direção: Henrique Raynal – Origem: Areal-DF
  • “Entre Vênus e Marte” – Direção: Cris Ventura – Origem: Belo Horizonte-MG

 

Confira as curtas-metragens selecionados:

  • “Pássaro Memória” – Direção: Leonardo Martinelli – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério” – Direção: Clari Ribeiro – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “Tudo que Importa” – Direção: Coraci Ruiz – Origem: Campinas-SP;
  • “Pedagogias Da Navalha | Se a palavra é um feitiço, minha língua é uma encruzilhada” – Direção: Colle Christine, Alma Flora e Tiana Santos – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “Alma Flora e Tiana Santos” – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “Quarta-feira” – Direção: Maria Odara – Origem: Recife-PE;
  • “Mixadxs” – Direção: Rose Alves – Origem: Fortaleza-CE;
  • “Tornar-se Monstra ou Humana” – Direção: Catarina Almanova – Origem: Recife-PE;
  • “MEMÓRIAS CULINÁRIAS DO QUILOMBO AUSENTE FELIZ (TASTE OF TRADITION)” – Direção: Lucas Assunção – Origem: Serro-MG;
  • “O Cavalo de Pedro” – Direção: Daniel Nolasco – Origem: Goiânia-GO e Rio de Janeiro-RJ;
  • “Busco-me” – Direção: Maria Camila Ortiz, Suelen Rodrigues, Felipe Chiaretti, Santiago Mendez – Origem: Foz do Iguaçu-PR;
  • “Eu não sei se vou ter que falar tudo de novo” – Direção: Vitoria Fallavena e Thassilo Weber – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “ZAGÊRO” – Direção: Victor Di Marco e Márcio Picoli – Origem: Porto Alegre-RS;
  • “Nação Comprimido” – Direção: Bruno Tadeu – Origem: Belo Horizonte-MG;
  • “Te Desperto” – Direção: Cameron Venture – Origem: Florianópolis-SC;
  • “do peito da pele” – Direção: Keythe Tavares e Rudolfo Auffinger – Origem: Curitiba-PR;
  • “RETOMADA” – Direção: Henrique Souza – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “O Punk Goiano: Vozes Trans” – Direção: Lucca Brasil – Origem: Goiânia-GO;
  • “Vollüpa” – Direção: Éri Sarmet, Jocimar Dias Jr. – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “Quando Foi Que Acordei?” – Direção: Mariana Corrêa – Origem: Pelotas-RS;
  • “CHEMSEX” – Direção: Daniel Porto – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “Marretada Trans” – Direção: Rubi Iara – Origem: Chapecó-SC;
  • “Cuidado que eu corto” – Direção: Flavia Candemil – Origem: Florianópolis-SC;
  • “NÃO PRECISA PEDIR DESCULPA” – Direção: Franco Cavezzale – Origem: São Paulo-SP;
  • “Surgir” – Direção: Gabriela Grigolom, Jonatas Medeiros – Origem: Curitiba-PR;
  • “Sangria” – Direção: Henrique Schlickmann – Origem: Florianópolis-SC e Palhoça-SC;
  • “para Carlos” – Direção: Carlos Cipriano – Origem: Goiás-GO;
  • “Eu disse sem usar palavras” – Direção: Braulio Rezende Barbosa – Origem: Rio de Janeiro-RJ, Arraial do Cabo-RJ e São Paulo-SP;
  • “não sei se compartilhamos o mesmo espaço [talvez um novo espaço?] mas com certeza compartilhamos o tempo” – Direção: williany prist e bixha rata – Origem: Itajaí-SC;
  • “Todo romance termina assim” – Direção: Marco Aurélio Gal – Origem: São Paulo-SP;
  • “Deixa a Boneca no Carro” – Direção: João Victor Almeida – Origem: Rio de Janeiro-RJ;
  • “A Dita Filha de Claudia Wonder” – Direção: Wallie Ruy – Origem: São Paulo-SP;
  • “Kila & Mauna” – Direção: Ella Monstra – Origem: Fortaleza-CE;
  • “TRANS[mutantes]” – Direção: Leandro Eugênio de Souza e Verdi Vilela – Origem: Florianópolis-SC;
  • “O Caderno de Avenca” – Direção: Aisha Brunno – Origem: Belo Horizonte-MG;
  • “A invenção do Orum” – Direção: Paulo Sena – Origem: Vitória-ES;
  • “Ana Rúbia” – Direção: Íris Alves Lacerda; Diego Baraldi de Lima – Origem: Rondonópolis-MT;
  • “Todas as Memórias que Você Fez para Mim” – Direção: Pedro Fillipe – Origem: Bezerros-PE;
  • “Bitoquinha” – Direção: Giordano Gadelha – Origem: São Paulo-SP;
  • “2 + 2 = Peixe” – Direção: Kai Caldas – Origem: São Paulo-SP;
  • “☌ (conjunção)” – Direção: Filipe Travanca e Otavio Vidal – Origem: Osasco-SP;
  • “O dia em que os móveis do quarto sumiram” – Direção: Cecília Bernal e Eduarda Grillo – Origem: Porto Alegre-RS;
  • “Ana e as Montanhas” – Direção: Julia Araújo e Carla Villa-Lobos – Origem: Goiânia-GO e Rio de Janeiro-RJ;
  • “Penumbra” – Direção: Jonathan Aguiar – Origem: Santos-SP;
  • “A chuva não me viu passar” – Direção: Leonardo Gatti – Origem: Florianópolis-SC;
  • “Paçoca” – Direção: Marçal Vianna – Origem: Nova Iguaçu;
  • “Divina” – Direção: Monike Fernandes e Misael Avelino – Origem: Belo Horizonte-MG;
  • “Quando Você Vem me Visitar” – Direção: Henrique Arruda – Origem: Recife-PE;
  • “Linda de Morrer” – Direção: Beto Besant – Origem: São Paulo-SP e Ribeirão Pires-SP.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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