É monas, recuperadas? Mãezinha aqui tá só o pó da gaita, quem vê assim pensa que ela ferveu todos os dias, e acertou! Se tem uma coisa que nos deu orgulho nos últimos dias foi ser brasileiro hein?! Fazia tempo que eu não me sentia tão patriota.

Depois de dias de folia intensa, Floripa ainda sente os resquícios do Carnaval. Para quem aproveitou a festa de rua, não faltaram brilho, suor e samba no pé – mas também tiveram que sofrer com a repressão da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
Entre os motivos de orgulho recente para os brasileiros, está a histórica vitória no Oscar. Pela primeira vez, o Brasil trouxe para casa a cobiçada estatueta dourada com o filme “Ainda Estou Aqui”.
O país vibrou com a conquista, mas a torcida esperava ainda mais: Fernanda Torres, que concorreu a Melhor Atriz, acabou ficando sem o prêmio dourado.
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— rafaeev (@rafaeev) March 3, 2025
Ainda assim, brilhou na premiação com carisma, elegância e um vestido de milhões. Ela já é nossa maior estrela. Até boneco de Olinda em sua homenagem teve – quer prêmio maior?
Mas enquanto a festa acontecia em Hollywood, aqui em Florianópolis o Carnaval teve um tom menos glamouroso. A região central da cidade foi tomada por uma multidão diversa e festiva, que precisou se esquivar da violenta repressão policial.
Enquanto os camarotes e boates cobravam valores exorbitantes para a folia privada, o público que ocupava as ruas enfrentou spray de pimenta e balas de borracha.
A atual gestão da prefeitura, juntamente com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, impuseram um toque de recolher violento, transformando a Ilha da Magia em palco de tensão.
Diante do cenário, até pareceu uma homenagem – bem errada – ao filme vencedor do Oscar: “Ainda Estou Aqui”. Ditadura nunca mais!
Em meio às adversidades, o povo resiste. E enquanto o samba enredo da prefeitura parecia entoar um melancólico “é pau, é pedra, é o fim do caminho”, a ala da Violência Policial ganhou mais um triste destaque no Carnaval da cidade.

Entre confetes e repressão, uma certeza permanece: a arte e a cultura salvam. Parabéns aos artistas e produtores que garantiram momentos de alegria e resistência nos palcos da cidade, mesmo sem apoio, suporte ou qualquer atenção da prefeitura e de sua péssima gestão.
Enquanto o cinema brasileiro vence nos festivais mundo afora, a produção cultural de Florianópolis e de Santa Catarina segue perdendo.
XoXo,
Su.