Mais da metade dos brasileiros são a favor da adoção por casais homoafetivos, segundo a pesquisa “A Cara da Democracia” realizada pelo Instituto da Democracia (IDCC-INCT) entre 22 e 29 de agosto. Para o resultado foram feitas mais 2.536 entrevistas presenciais com eleitores de 188 cidades do Brasil.
O resultado da pesquisa é que o apoio à adoção por casais homoafetivos é de 53% dos brasileiros – o mesmo número da pesquisa lançada em 2023 – contra 38% dos entrevistados que não apoiam.
Apesar da porcentagem de apoio não ter crescido em relação ao último ano, é possível ver um avanço no número de pessoas que apoiam o ato, já que o índice de apoio em 2018 era de apenas 37% dos entrevistados.
Além da adoção, a pesquisa também perguntou às pessoas sobre outros temas como o apoio delas ao casamento de pessoas do mesmo sexo no civil e legalização do aborto.
Sobre o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, as porcentagens de apoio e rejeição foram as mesmas, de 45%. Outros 6% disseram que não souberam ou não responderam e 4% disseram que “depende”.
Mesmo com esse cenário não tão animador, vale ressaltar que em 2018 a porcentagem de apoio ao casamento homoafetivo era de 38%.
Já sobre a questão da legalização do aborto, o brasileiro permance extremamente conservador, com 72% contra, 17% a favor e 9% que disseram que “depende”.
Foi também perguntado sobre o apoio da população ao PL 1.904/2024, conhecido como PL Antiaborto, que previa a equiparação do aborto após as 22 semanas de gestação – mesmo em casos de estupro – ao crime de homícidio. A maioria dos entrevistados rejeitou a ideia do PL, com 58% sendo contrário.
Casais homoafetivos adotaram mais de 50 mil crianças em 3 anos
De acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entre 2021 e 2023, 50.838 crianças foram registradas por casais homoafetivos.
A adoção por casais do mesmo sexo, só foi permitida em 2015 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e a medida representou uma conquista significativa para a igualdade e direito a parentalidade de pessoas LGBT+.
* Sob supervisão de Danilo Duarte