Atriz global Rosane Gofman apresenta espetáculo 'Eu Sempre Soube' em Floripa sobre mães com filhos LGBT
Teatro

Atriz global apresenta espetáculo em Floripa sobre mães com filhos LGBT

Em apresentação única em SC, a atriz Rosane Gofman dá vida a uma mãe que narra as batalhas de quem filhos LGBT+ na peça de teatro ‘Eu Sempre Soube’

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Florianópolis está na rota do espetáculo ‘Eu Sempre Soube’, que é um monólogo protagonizado pela atriz Rosane Gofman, com texto e direção de Márcio Azevedo. A peça, que tem temática LGBT+, será apresentada neste sábado (2), no Teatro Pedro Ivo, com 1h20 de duração. Os ingressos estão à venda a partir de R$ 30.

Atriz global Rosane Gofman apresenta espetáculo 'Eu Sempre Soube' em Floripa sobre mães com filhos LGBT
Atriz global Rosane Gofman apresenta espetáculo ‘Eu Sempre Soube’ em Floripa sobre mães com filhos LGBT – Foto: Divulgação / Floripa.LGBT

Rosane interpreta a jornalista Majô Gonçalo, que narra em toda peça os diversos relatos enfrentados por mães com filhos LGBTQIAPN+. O espetáculo traz casos reais que relembram que a sociedade atual está construída culturalmente na homofobia e transfobia e como essas mãe se relacionam quando seus filhos/filhas assumem a homossexualidade/transexualidade.

Antes de aportar em Florianópolis, o espetáculo com texto sobre mães com filhos LGBT+ já fez 8 temporadas no Rio de Janeiro, duas na capital paulista e também passou por diversas outras cidades do Brasil.

Além disso, a peça de teatro conquistou vários prêmios como Funarte de Dramaturgia 2018, melhor atriz prêmio Profest de Teatro 2020 e Cenyn de melhor monólogo 2019, entre outros.

A atriz Rosane Gofman recebeu esse ano o título de embaixadora das Mães da Resistência pelo seu trabalho no espetáculo.

Espetáculo de teatro ‘Eu Sempre Soube’ tem temática LGBT+

A peça conta a história da jornalista Majô Gonçalo que está lançando o livro ‘Eu Sempre Soube’. Em sua primeira aparição pública, a protagonista apresenta uma história de amor de mães.

Para escrever essa peça-documentário, o autor entrevistou 98 mães, e agrupou essas mulheres e suas vivências em três momentos: como as mães lidam no momento em que ouvem de seus filhos a frase: “sou gay”. A violência nas ruas que põe em risco a vida de seus filhos. O preconceito na escola, bairro, rua, prédio e principalmente dentro de casa.

Durante o espetáculo, diversas dúvidas são relatadas pela protagonista como os casos de homofobia: como as mães recebem o fato que seus filhos estão transicionando? Como contar isso aos outros familiares? Os riscos das cirurgias? A readaptação do novo(a) filho(a) na sociedade? A luta dessas mães quando seus filhos comunicam em casa que estão com HIV? Como abraçar a causa desses filhos?

Em todos os momentos e falas da personagem Majô Gonçalo ouvimos palavras de amor e esperança, de afeto e dor.

Ficha técnica:

Texto e direção: Márcio Azevedo
Elenco: Rosane Gofman
Direção de produção: Fabio Camara
Direção musical, trilha sonora: Tauã de Lorena
Músico: Tauã de Lorena
Luz: Aurélio de Simoni
Figurino: Anderson Ferreira
Cenógrafo: José Carlos Vieira
Visagista: Thiogo Andrade
Operador de luz: Jackson Oliveira
Programação visual: Gabriela Cima

Violência e mortes de pessoas LGBTI+ no Brasil

De janeiro a junho de 2022, o Brasil registrou 135 mortes de pessoas LGBTI, segundo a pesquisa do GGB (Grupo Gay da Bahia). Ainda de acordo com o levantamento, no 1º semestre de 2022, 63 gays e 58 mulheres trans ou travestis foram mortos.

Ao menos 5 mortes de pessoas LGBT+ foram registradas em Santa Catarina em 2022, de acordo com o Dossiê de Mortes e Violências Contra LGBTI+ . Travestis, mulheres trans e gays, entre 20 e 39 anos, estão entre os principais alvos da LGBTIfobia no país.

Aqui em Santa Catarina, as mortes foram em Blumenau, onde duas pessoas foram mortas, uma em Araranguá, uma em Lages e mais uma pessoa brutalmente assassinada em Taió. Ou seja, a maior parte das mortes de pessoas LGBT ocorreram no Vale do Itajaí.

Em todo o Sul do país, foram mortos 13 travestis e pessoas trans feminina, quatro gays, uma lésbica e uma pessoa trans masculina.

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