O show do cantor Johnny Hooker no Festival Saravá, neste sábado (20), em Florianópolis, foi acompanhado pelo jornalista Marcelo Siqueira, do perfil Emenda.SC, que publica conteúdos sobre jornalismo cultural.
O show de Hooker foi uma das atrações do Festival Saravá, que reuniu nomes como Alcione, Djonga, Gilsons, Letícia Letrux e Jesus Lumma, entre outras atrações.
Confira a crítica do Emenda.SC sobre o show de Johnny Hooker:
A apresentação de Hooker tem o lado da curtição, um toque pop, como “Corpo Fechado”, numa batida super dançante a la Gaby Amarantos. Mas a apresentação de Hooker também é um ato político.
Ele teve um show cancelado pelo prefeito de Boa Vista (RR), em setembro do ano passado, após religiosos resgatarem uma fala dele que iria contra os princípios de evangélicos.
Isso só deu mais força ainda ao pernambucano que, em meio às canções, não cansa de falar sobre a perseguição que o grupo LGBTQIA+ sofre no país.
E com muita razão, já que o Brasil é um dos países que mais matam gays, lésbicas e travestis no mundo. E isto precisa sempre ser lembrado!
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O show no Festival Saravá foi, ao passo em que ele faz o público expurgar toda e qualquer tristeza com canções de baladas dançantes, bem reflexivo em discurso e nas músicas, como “Amor Marginal”, de 2015, do aclamado disco “Eu vou fazer uma Macumba pra te amarrar, maldito!”, que fez parte de tema de novela da Globo.
Momento da apresentação em que ele dedicou a um amigo que morreu de Covid.
Fechou com “Flutua”, que é um hino contra todo e qualquer tipo de homofobia, letra super bem escrita por ele. E necessária!