Festival Arvo 2025 distribui ingressos sociais
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Arvo Festival 2025 distribui ingressos gratuitos para ampliar acesso à cultura

Através de iniciativa do Núcleo de Inclusão Social, o Arvo Festival promove inclusão de grupos minorizados com a distribuição de ingressos sociais

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Entre os dias 1º e 3 de maio de 2025, Florianópolis recebe a 9ª edição do Arvo Festival no antigo Kartódromo Sapiens Parque. Com uma programação diversificada de música e arte, o evento se destaca pela ação do Núcleo de Inclusão Social (NIS), que destina cerca de 15% dos ingressos a grupos historicamente excluídos, promovendo a democratização do acesso à cultura.

Arvo Festival 2025 distribui ingressos sociais
Arvo Festival 2025 distribui ingressos sociais – Foto: Reprodução/Floripa.LGBT

Com mais de 40 atrações distribuídas entre dois palcos e uma tenda especial para DJs, O line-up traz nomes de peso da música brasileira, como Liniker, Mano Brown, Zeca Pagodinho, Sandra de Sá, Alcione, Os Garotin e Yago Oproprio.

Além das atrações musicais, o Arvo terá uma feira orgânica, praça de alimentação 100% biodegradável, área infantil, feira de mulheres empreendedoras e um compromisso com a sustentabilidade, destinando a maior parte dos resíduos gerados para reciclagem e compostagem.

Desde 2018, o Festival Arvo tem se posicionado como um evento inclusivo e sustentável. Para ampliar ainda mais o acesso à cultura, o festival criou, há cinco anos, o Núcleo de Inclusão Social (NIS), com objetivo de fomentar a inclusão, acessibilidade e diversidade no festival.

O que é o Núcleo de Inclusão Social (NIS) do Arvo?

Composto por uma equipe plural de assistentes sociais, especialistas em inclusão e acessibilidade, representantes da comunidade LGBTQIAPN+, e profissionais do setor cultural, o NIS desenvolve estratégias para garantir que o festival não seja apenas acessível, mas também acolhedor.

Entre as iniciativas está a distribuição de ingressos sociais e a criação de um ambiente que valoriza o pertencimento, como a presença de pessoas trans e PCDs no credenciamento e uma equipe preparada para lidar com possíveis casos de violência, além de formulários que coletam dados e feedbacks para um melhor entendimento do público.

Já que o Arvo pensa na cultura e na diversidade, então é uma forma de conseguir inserir essas pessoas. O NIS foi construído com esse olhar, para que os grupos minorizados, a comunidade LGBTQIA+, pessoas pretas, mães solos, a comunidade indígena, quilombola, sejam inseridos no espaço de forma gratuita”, destaca Jéssica Cardoso, assistente social e especialista em diversidade que integra o núcleo.

Distribuição de ingressos sociais

Na edição de 2023, o NIS foi responsável pela distribuição de 610 ingressos sociais, contemplando:

  • 127 ingressos para pessoas trans;
  • 154 para pessoas em situação de vulnerabilidade social;
  • 49 para mães solo;
  • 42 para quilombolas;
  • 22 para Pessoas com Deficiência (PCDs);
  • 86 para representantes do movimento negro;
  • 130 ingressos para demais coletivos mapeados.

Em 2025, até o momento, já foram disponibilizados 547 ingressos gratuitos, sendo 52,2% destinados a pessoas trans e 47,8% para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Nesta edição todas as pessoas trans inscritas no processo conseguiram adquirir o ingresso.

Agora, outros 460 ingressos estão sendo direcionados a coletivos previamente mapeados, como representantes do movimento negro, comunidades indígenas e quilombolas.

Arvo amplia acesso à cultura com ingressos sociais
No Arvo Festival 2023 houve a distribuição de 610 ingressos sociais – Foto: Reprodução/Floripa.LGBT

As inscrições para os ingressos sociais foram abertas antes da venda oficial. Uma estratégia adotada para que as pessoas que não fossem contempladas pudessem garantir ingressos promocionais com antecedência.

Os interessados preencheram um formulário com questões sobre aspectos sociais, para que o NIS pudesse mapear a diversidade e entender os diferentes públicos.

A importância da iniciativa

Para Jhur Florinho, especialista em diversidade e integrante do NIS, a presença de grupos historicamente excluídos no festival, representa mais do que assistir a um show, esse ingresso possibilita um acesso a cultura e um acolhimento que é frequentemente negado a essas pessoas.

“Esse sentimento de entender que eles estão sendo vistos por pessoas brancas, pessoas que têm totalmente acesso a esse lugar, onde vai ter vários artistas muito fortes e que muitos deles normalmente não tem esse acesso. Então o arvo ter esse olhar carinhoso de ver essas pessoas e tentar incluir elas no festival, isso é muito importante. É muito gratificante ver a felicidade de cada um quando recebe o ingresso”, comenta Jhur.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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