Na véspera da Parada LGBT+ de Balneário Camboriú, a organização decidiu cancelar o evento, que aconteceria no dia 24 de novembro. A decisão aconteceu após a Prefeitura dificultar a realização do evento, impedindo o uso da Avenida Atlântica e não disponibilizando banheiros químicos.
De acordo com a Associação da Parada da Diversidade de Balneário Camboriú (APDBC), que organiza o evento, a Prefeitura Municipal da cidade não proibiu o evento, mas se opôs à realização e não deu apoio.
A primeira justificativa do município foi um decreto de 2019, que permite a interrupção da avenida Atlântica somente aos domingos, das 8h às 12h, enquanto a Parada de Balneário Camboriú aconteceria das 14h às 19h.
A organização concordou com a regra e mudou o local para a Terceira Avenida, mas ainda assim, precisava que a prefeitura disponibilizasse banheiros químicos. Dois dias antes do evento, a Secretaria de Turismo informou à APDBC que não iria fornecer os banheiros.
Sem os sanitários, a organização decidiu cancelar a Parada, com receio de que os participantes usassem espaços públicos e isso causasse constrangimento. A organização considerou que não haveria estrutura mínima para o público no evento.
Ao Floripa.LGBT, a organização informou que o evento deve voltar a ser realizado a partir de 2025. Não foram divulgados detalhes como data e local previstos.
Avenida Atlântica foi fechada para evento privado no mesmo dia da Parada LGBT+
Apesar do Decreto Municipal 9.587 de 2019, a APDBC denunciou nas redes sociais que um trecho da avenida Atlântica, próximo à roda gigante, foi fechado para a gravação de um filme na noite de domingo, por volta das 22h.
O caso gerou revolta, já que demonstrou, no entendimento da organização, um tratamento discriminatório com a Parada da Diversidade.
“Agora perguntamos ao prefeito: cadê o acordo quele ele fez com a justiça em 2019 de “não mais criar embaraço à Parada da Diversidade?”, afirmou a APDBC no Instagram.
* Sob supervisão de Danilo Duarte