Parada LGBTI+ Florianópolis 2023
CidadaniaParadas LGBTI+

Beira-Mar de Florianópolis é tomada pela Parada LGBTI+ em busca por direitos

Com uma expectativa de atrair 80 mil pessoas, a Parada LGBTI+ coloriu a Beira-Mar com as cores da diversidade, em nome de políticas públicas por inteiro

Compartilhar

A Parada LGBTI+ de Florianópolis lotou a Beira-Mar Continental de Florianópolis neste domingo (10). Com o tema “Políticas públicas por inteiro, e não pela metade”, o evento reuniu pessoas da comunidade e aliados que pediram por tratamento igualitário em temas como saúde e segurança.

PARADA lgtbi+ Florianópolis 2023
Parada LGBTI+ levou multidão para Beira-Mar Continental de Florianópolis – Gabriela Ferrarez/ Floripa LGBT

Com uma expectativa de atrair 80 mil pessoas, o evento coloriu a avenida com as cores da diversidade.

A gaúcha Isís Mancuso e a chilena Glória Paenemilla aproveitavam a Parada LGBTI+ com o filho Inti, de um ano e dois meses. Segundo o casal, que mora em Florianópolis, a vinda para o evento foi para mostrar que famílias como a delas existe.

“Nós queríamos que fosse comum as pessoas já entenderem que o nosso formato de família existe. A gente não precisasse explicar em todos os lugares, que os formulários já tivessem ‘filiação’ ao invés de ter pai e mãe”, explicou Isís.

PARADA lgtbi+ Florianópolis 2023
Ísis e Glória levaram o filho Inti para Parada LGBTI+ – Foto: Gabriela Ferrarez/ Floripa LGBT

Cristiane Jordão andava junto com o movimento Mães pela Diversidade, que puxava os trios elétricos em direção ao palco principal. Mãe de Bruno, um homem gay, Cristiane explicou o porque estava na Parada LGBTI+.

“Porque meu filho se assumiu, eu tenho um filho gay. Eu vejo que faltam muitas políticas e eu resolvi me engajar pra lutar pelos direitos do meu filho. Eu quero que meu filho tenha segurança, que saia de casa e que eu não fique com medo de que ele possa ser agredido na rua e que não seja respeitado ou que seja descriminalizado por qualquer motivo”, afirmou.

Logo após o Mães pela Diversidade, a Marcha Trans acontecia na Parada LGBTI+. Lumen Freitas, andava de cadeira de rodas ao lado da faixa que pedia por direitos igualitários para pessoas transexuais.

“Hoje eu luto para ter um tratamento humanizado dentro do sistema de saúde. É a maior dificuldade que a gente tem hoje porque não é só a questão da hormonização, é também a questão de eventuais cirurgias, de atendimento básico, quando a gente vai no posto de saúde ou no hospital e o tratamento é diferente”, explicou.

“O tratamento é bem excludente, bem inadequado. Preciso de um tratamento melhor, preciso que toda a rede de saúde seja treinada para atender pessoas como nós, que não somos nem tão poucos assim”, completou Lumen.

Parada LGBTI+ ‘superou as expectativas’, afirma organização

De cima do trio principal, Selma Light comemorava o sucesso da Parada LGBTI+. A organizadora reafirmou a importância do evento para a luta por políticas públicas.

“Superou as expectativas, dobrou a nossa operação. Estou super feliz. Foi um trabalho árduo mas valeu a pena cada minuto não dormindo. A luta foi grande, mas tô muito feliz de tá aqui hoje e saber que a gente tá com nosso pessoal na rua, lutando pelas nossas políticas públicas que são tão importantes”, disse.

“Hoje tô muito feliz vendo essa Beira Mar Continental toda tomada pelo público, não temos aqui só LGBTI+, uma coisa que eu gosto muito é que é um um evento para todos de verdade. Temos heterossexuais, muita família, muitos gays, enfim, tá lindo demais”, disse Miguel Gregório, organizador do evento.

Anúncios
Entre no grupo de notícias do Floripa.LGBT no Whatsapp