Josi do Remo (PSB) quer incluir Parada LGBT+ no orçamento da Prefeitura
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Josi do Remo (PSB) quer incluir Parada LGBT+ no orçamento da Prefeitura

Josi do Remo (PSB) é candidata a vereadora em Florianópolis com o número 40040. Entrevista faz parte de série do Floripa.LGBT com os candidatos da Grande Florianópolis

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A candidata a vereadora pelo PSB em Florianópolis Josiane Lima, conhecida com Josi do Remo, respondeu quatro perguntas enviadas pelo Floripa.LGBT sobre sua candidatura e propostas voltadas a comunidade. A entrevista de Josi do Remo faz parte de uma sequência de matérias com entrevistas aos candidatos LGBT+ da Grande Florianópolis. Confira a entrevista abaixo.

Josi do Remo (PSB) quer incluir Parada LGBT+ no orçamento da Prefeitura
Josiane Lima é uma mulher cis lésbica e disputa uma vaga na Câmara de Vereadores de Florianópolis – Foto: Instagram/Reprodução/Floripa.LGBT

De forma resumida, quem é você?

“Sou Josiane Lima, a Josi do Remo, atleta medalhista paralímpica de remo, campeã mundial, formada no Magistério em Educação Física, Tecnologia da Informação e pós-graduada em Administração e Marketing Esportivo.

Sou manezinha da ilha, filha de pescador e servidora pública do estado, nascida, criada e vivida no Sambaqui – Norte da Ilha – e tenho 49 anos. Também sou casada há quase 15 anos com Mariana, que é assistente social”.

O que Florianópolis precisa para ser uma cidade mais acolhedora à comunidade LGBT?

“Floripa, por ser capital, precisa ser exemplo de aplicação de políticas públicas, atuando para a garantia dos direitos fundamentais para a dignidade e cidadania para toda a comunidade LGBTQIAPN+.

Com direito a segurança e proteção à vida, a saúde plena, educação, moradia, emprego e renda, acesso gratuito ao esporte, cultura e lazer. Todos esse que são direitos fundamentais da dignidade da pessoa humana plena”.

Como você, enquanto liderança política LGBT+, vê as políticas públicas para a comunidade na cidade?

“A gente não vê políticas implementadas. A prefeitura tem agido apenas por decisão judicial, através principalmente do Ministério Público de Santa Catarina.

As pessoas transgênero, por exemplo, correm risco de vida permanente por serem negados a elas todos os direitos, até mesmo de acesso a banheiro público. Além de violências e atos de crueldade frequentes com essa população.

Há ainda uma imensa subnotificação de dados sobre a violência contra a população LGBTQIAPN + principalmente contra pessoas transgênero”.

Se eleita for, quais serão as suas prioridades de mandato?

“Se eleita, no meu mandato vou:

  • Atuar para proteção integral da comunidade LGBTQIAPN+;
  • Fortalecer as ações em saúde e segurança especializada para o atendimento de pessoas transgênero, que tem maior risco de violência e morte;
  • Fortalecer e qualificar profissionais para o acolhimento no ambulatório Trans, na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centros de Referência em Assistência Social e Psicossocial (CAPS);
  • Realizar campanhas educativas sobre o direito de acesso de pessoas transgênero aos banheiros públicos com placas e cartazes em todos os banheiros públicos;
  • Realizar educação de gênero, ensino sobre gênero e orientação sexual nas escolas, que é direito constitucional com jurisprudência do Supremo Tribunal Federal;
  • Colocar a Parada da Diversidade no orçamento anual da Prefeitura, incluindo-a na Lei Orçamentária Anual (LOA) do município, que é aprovada na Câmara Municipal de Vereadores todo ano. E garantir de forma permanente a realização da Parada da Diversidade todos os anos. Com todo apoio e estrutura fornecida pela prefeitura. Para isso, incluir a pauta LGBT+ na LOA é fundamental!

Sobre as entrevistas aos candidatos LGBT+

Para a realização das entrevistas foram mapeadas as candidaturas LGBT+ com o cruzamento dos dados da plataforma de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E entrou-se em contato com cada um dos candidatos mapeados, fazendo as mesmas perguntas à todas e estimulando que participassem das entrevistas.

“Com essa abordagem, nossa proposta é continuar dando visibilidade para a comunidade e mostrando que nós estamos disputando esses espaços. Além de evidenciar para as lideranças e pessoas que fazem acontecer dentro da comunidade, que elas também podem disputar uma vaga no parlamento”, afirma o editor-chefe do Floripa.LGBT Danilo Duarte.

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